TCCC pagou o restante do salário, mas motoristas não sinalizam volta

Até o início da noite desta segunda-feira (8), a situação do transporte coletivo em Maringá estava indefinida. A empresa atendeu a reivindicação inicial dos trabalhadores, mas a categoria não sinalizou retorno às atividades. Os trabalhadores alegam que querem resolver outras demandas, que a empresa TCCC afirma não ser discutível nesse momento.

Os trabalhadores da TCCC paralisaram as atividades nessa segunda-feira (8). Quem precisou do transporte coletivo, teve que arrumar outro jeito de se locomover. 100% do efetivo não trabalhou. A reivindicação inicial dos motoristas, era o pagamento do percentual que estava faltando referente ao salário de janeiro.

Mas, depois, o Sindicato afirmou que a categoria adicionou às reivindicações a assinatura do acordo coletivo do ano passado e o pagamento do PPR - Programa de Participação nos Resultados e horas extras.

Ao final da tarde, o administrador executivo da TCCC, Roberto Jacomelli, informou que a empresa efetuou o pagamento do que estava faltando e convocou os trabalhadores a voltarem a circular os ônibus do transporte coletivo de Maringá, e os metropolitanos de Sarandi, Paiçandu, Dr. Camargo, Floresta e Itambé. [ouça o áudio acima]

Mas, segundo o vice-presidente do Sinttromar (Sindicato dos Trabalhadores em Veículos Rodoviários de Maringá), Emerson Silva, essa notícia não surtiria mais efeito na posição dos motoristas. Agora, os trabalhadores querem que as demais questões sejam resolvidas, como o acordo coletivo e o pagamento do PPR. Ainda segundo Emerson, o movimento de paralisação não é sindical, e começou motivada pelos próprios motoristas. [ouça o áudio acima]

Ainda nesse diálogo, a Prefeitura de Maringá notificou a empresa para que pelo menos 30% do efetivo voltasse a trabalhar, e para que a empresa apresentasse um descritivo financeiro da atual situação da empresa. A TCCC afirmou que vai responder ao executivo no prazo de 24h.