Silêncio ensurdecedor: absenteísmo e o grito de alerta nas relações de trabalho
CBN Maringá

Quando ninguém fica, algo está errado.

Silêncio ensurdecedor: absenteísmo e o grito de alerta nas relações de trabalho

O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 07/11/2025 - 08:00

Você já ouviu a palavra absenteísmo? Parece um termo técnico, mas por trás dele se esconde um dos maiores desafios que levam muitas empresas a um momento crítico na relação com seus colaboradores.

Não se engane: absenteísmo é muito mais do que apenas faltar. É a ausência habitual do profissional em suas funções. Isso inclui:

  • Atrasos frequentes.

  • Saídas antecipadas.

  • E até aquela sensação de que o colaborador "não entrega" o que poderia, apesar de ter capacidade.

Corpo mole relação dura

À primeira vista, pode parecer "corpo mole" intencional. No entanto, muitas vezes, essa não é uma culpa individual. É um sinal claro de que as relações de trabalho não vão bem. Colaboradores que faltam, se atrasam ou saem cedo em excesso estão, na verdade, emitindo um forte sinal de absenteísmo que precisa ser investigado.

Essas ausências não justificadas são um caminho direto para o fim da relação de trabalho, seja por demissão ou pedido de desligamento. É uma questão de tempo até a porta giratória entrar em ação.

O lugar onde ninguém fica

Em algumas áreas e empresas, essa característica de relacionamento ruim se torna constante. O que chamamos de Turnover (a substituição frequente de pessoas naquela função) vira a regra.

Lembra-se do velho ditado?

Se o problema acontece uma ou duas vezes, talvez o problema sejam as pessoas.

Mas se as pessoas estão sendo trocadas sempre, o problema, muito provavelmente, não são elas.

Nesse caso, é hora de olhar para quem está no comando:

  • Quem é o gestor dessa área?

  • Quem é o líder que está à frente desses indivíduos?

Muitos colaboradores pedem demissão simplesmente porque não aguentam a relação de trabalho insustentável que é imposta.

Quando o inferno é o ambiente de trabalho

Sejamos francos: em toda empresa, há pessoas difíceis, e algumas muito difíceis. Essas pessoas tóxicas podem afetar tanto o entorno que a produtividade de todos despenca.

Não adianta nada cobrar alta performance de quem está sofrendo! Um colaborador não será produtivo se o ambiente de trabalho:

  • Não o reconhece profissionalmente.

  • Agride e marginaliza constantemente.

  • Faz com que se sinta trabalhando, literalmente, no inferno corporativo.

Ninguém é produtivo trabalhando no inferno. É crucial reconhecer que o ambiente é tão importante quanto a capacidade do profissional.

E aí, na sua empresa, o absenteísmo está sendo tratado como um problema de gente ou um problema de gestão e cultura?

 

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