Carreira
Sem atualização, milhões de trabalhadores podem perder seus empregos
Assessoria por Redação em 05/11/2025 - 08:00Avanço de setores como o agroalimentar e o automotivo impõe novas exigências; quem não acompanhar a transformação corre o risco de ser substituído.
A transformação do mercado de trabalho global deixou de ser uma previsão e passou a ser uma realidade concreta. De acordo com o Fórum Econômico Mundial (WEF) e a Dell Technologies, 22% dos empregos no mundo devem ser remodelados até 2030, o que equivale a mais de 260 milhões de funções criadas ou extintas.
Os impactos já estão visíveis: processos manuais foram automatizados, tarefas repetitivas substituídas por sistemas digitais e empresas passaram a priorizar profissionais com competências técnicas e digitais. Setores como energias renováveis, economia circular, tecnologia de dados e inteligência artificial lideram a criação de novas oportunidades, enquanto funções tradicionais perdem relevância.
Mudança acelerada atinge setores estratégicos
O movimento é particularmente intenso em áreas que sustentam a economia brasileira, como o agroalimentar e o automotivo. Esses setores enfrentam pressão por inovação, eficiência e sustentabilidade, o que exige novas habilidades técnicas e domínio de ferramentas digitais.
Segundo o Fórum Econômico Mundial, 92 milhões de empregos devem desaparecer até 2030 em razão da convergência entre automação, transição verde e mudanças demográficas. Nesse cenário, a experiência isolada já não garante empregabilidade — e a ausência de competências digitais tornou-se uma das principais causas de exclusão profissional.
“O desafio não é apenas a criação de novas vagas, mas a capacidade de os trabalhadores se adaptarem a elas”, destaca o WEF.
A lacuna de habilidades cresce mais rápido que a adaptação
O relatório do Fórum mostra que 59% dos trabalhadores precisarão se requalificar até 2030, e cerca de 11% deles não terão acesso à formação necessária, tornando-se vulneráveis ao desemprego estrutural. Além disso, 63% dos empregadores já relatam dificuldades para preencher vagas por escassez de competências técnicas e digitais.
Essa lacuna está crescendo mais rápido do que a capacidade média de adaptação dos profissionais. O resultado é uma divisão cada vez mais nítida entre quem se atualiza e conquista novos espaços e quem fica preso a funções que estão desaparecendo.
A urgência da atualização
O estudo da Dell Technologies reforça que o futuro do trabalho será definido por parcerias entre humanos e máquinas. Tecnologias emergentes — como inteligência artificial colaborativa, blockchain e realidade estendida (XR) — estão criando formas inéditas de atuação profissional e carreiras que ainda nem existem.
Nesse contexto, a formação de curto prazo e a requalificação técnica surgem como soluções imediatas para recolocar trabalhadores em áreas críticas e de rápido crescimento. A capacidade de aprendizado contínuo é, segundo especialistas, a principal competência do século XXI.
O futuro já começou — e ele não vai esperar
O recado dos especialistas é claro: atualização e aprendizado contínuo deixaram de ser opcionais. São hoje os fatores que determinam quem continuará empregado e quem será deixado para trás.
Quem não se atualizar a tempo pode ver sua carreira se tornar irrelevante em poucos anos. O futuro do trabalho já começou. E só vai participar dele quem estiver preparado para mudar junto com o mercado.
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