Eles são acusados de corrupção passiva e associação criminosa. De acordo com as investigações do Gaeco- Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado, os servidores do alto escalão do Poder Executivo local recolhiam contribuições mensais de servidores em cargos de comissão.

Este caso foi revelado pela imprensa em fevereiro quando o diretor da secretaria de saúde de Campo Mourão foi preso por policiais do Gaeco. Na época o Ministério Público ainda investigava o destino do dinheiro recolhido. Na denúncia oferecida à Justiça o Ministério Público, que investigou o caso durante quatro meses, informa que parte dos valores arrecadados seria destinada a pagamentos de advogados em processos eleitorais em favor da chefe do Poder Executivo e, ainda, para realização de eventos religiosos.

O Gaeco também denunciou outros oito servidores por falso testemunho, porque disseram que o dinheiro seria para um evento comemorativo e porque negaram a existência do esquema., contrariando as provas apresentadas pelo Ministério Público. A pena prevista para o crime de corrupção passiva pode chegar a 12 anos de reclusão.

A reportagem vai entrar em contato com a prefeitura de Campo Mourão para comentar o assunto. Na época da prisão do diretor de saúde a prefeitura negou qualquer existência de esquema de arrecadação.