Nesta semana, o prefeito de Maringá, Ulisses Maia, anunciou que firmou uma parceria com o Governo de São Paulo e o Instituto Butantan para comprar doses de uma vacina contra o novo coronavírus. O imunizante será o mesmo utilizado pelo governo paulista para vacinação da população: a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida em parceria com o Instituto Butantan.
Apesar do claro interesse da administração maringaense em adquirir o imunizante, quais pontos sobre uma possível campanha de vacinação da população estão definidos até o momento? Para responder algumas dúvidas, a reportagem procurou o chefe de Gabinete da Prefeitura de Maringá, Domingos Trevizan. Leia a entrevista completa:
CBN Maringá: A Prefeitura de Maringá vai comprar a vacina utilizada pelo Governo de São Paulo? Como está a conversa com o governador João Doria?
Domingos Trevizan: A Prefeitura de Maringá trabalha para comprar uma vacina, a primeira que estiver liberada no mercado pela Anvisa. A prefeitura vai fazer todo esforço possível para comprar, qualquer quer seja a marca, qualquer que seja o laboratório, qualquer que seja o fornecedor.
CBN Maringá: O Governo Federal já disse que os municípios não precisam se antecipar porque vai haver um Plano Nacional de Vacinação. Como o município vê essa decisão?
Domingos Trevizan: Depende de quando vai sair esse Plano Nacional de Vacinação, evidentemente. Se nós já tivermos a vacina no mercado antes do Governo do Estado, antes do Governo Federal anunciar e colocar em prática esse plano de vacinação, nós vamos correr atrás do máximo possível de doses, principalmente visando profissionais da saúde, imunizar esse pessoal que, hoje, está colocando a vida em risco no atendimento.
CBN Maringá: Então já existe um Plano Municipal de Vacinação?
Domingos Trevizan: O plano municipal é, principalmente, atender os profissionais de saúde e as pessoas de altíssimo risco. Se houver possibilidade do número de doses, a gente vai abrindo para outros setores da sociedade também.
CBN Maringá: Quando houver essa vacina, pode ocorrer de pessoas de outras cidades virem para Maringá para tentar se vacinar também. Como devem proceder?
Domingos Trevizan: Como nossa prioridade são os profissionais de saúde, todos são cadastrados, então você não vai trabalhar com qualquer habitante de outra cidade, até porque a gente sabe a dificuldade que é conseguir essas doses. Quando estiver liberado, esperamos que até lá o Governo do Estado e o Governo Federal já tenham colocado à disposição da população o número em massa de vacinas.
CBN Maringá: Há dinheiro no orçamento para vacina?
Domingos Trevizan: Nós vamos realocar de todas as secretarias o máximo possível. Se chegarmos ao ponto de na preservação da vida, principalmente dos servidores da saúde, se nós não tivermos ainda vacinação gratuita à disposição, nós vamos realocar de outras secretarias e comprar a vacina para outros profissionais da saúde.
CBN Maringá: É possível que isso seja feito mesmo não tendo previsão no orçamento?
Domingos Trevizan: É possível, sim. A gente economiza de um lado e outro, porque a prioridade número um da administração é o enfrentamento à Covid-19.
Maringá anuncia parceria para comprar ‘CoronaVac’, vacina contra o coronavírus
O anúncio do prefeito Ulisses Maia sobre a parceria com o Governo de São Paulo para adquirir o imunizante quando o produto estiver à disposição foi feito na noite de terça-feira, 8, em um vídeo publicado nas redes sociais.
“Eu acabei de receber a ligação do governador João Doria, de São Paulo, reafirmando o interesse desta parceria com Maringá para que a gente possa adquirir as vacinas. O governador me passou também o telefone e falei com o presidente do [Instituto] Butantan, Dimas Covas, reafirmando, mais uma vez, o nosso interesse em adquirir as vacinas para que a gente possa garantir a imunidade a nossa gente”, explicou o prefeito na publicação.
No vídeo, Ulisses Maia também afirmou que todos os esforços serão feitos para que a compra da vacina ocorra o mais rápido possível. “Quero deixar bem claro a todos que nossa preocupação é e será a saúde da população. Não está em discussão nenhuma questão ideológica, nenhuma questão política. Nós queremos, o mais rápido possível, ter a possibilidade de adquirir as vacinas e fazer a imunização de toda nossa gente”, disse o prefeito.
Com informações do Portal GMC Online
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