Recente pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde revela que mais da metade da população brasileira está acima do peso. O aumento foi de quase 68% nos últimos 13 anos. Levantamento do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico) aponta que o índice de obesidade de 11,8% em 2006 subiu para 19,8% em 2018. O maior crescimento da taxa foi entre os 25 e 34 anos e 35 e 44 anos. Apesar dos dados, o coordenador do Nemo (Núcleo de Estudos Multiprofissional da Obesidade), Nelson Nardo Júnior, da UEM (Universidade Estadual de Maringá), diz que os números não são tão alarmantes quanto parecem.
A defesa do professor tem como alicerce o aumento da busca por hábitos saudáveis pela população, que se intensificou a partir de 2009.
Segundo o professor, os dados da pesquisa são úteis para a prevenção e controle de doenças específicas associadas à obesidade, como a hipertensão e o diabetes.
Os homens apresentaram crescimento de 21,7% no índice de obesidade nos últimos anos e as mulheres, de 40%. A dona de casa Naryuaia Locatelli está nesta lista de quem engordou e não consegue emagrecer. Ela, que tem dois filhos (2 e 6 anos), ultrapassou os 105 quilos na segunda gestação e agora está na fila para fazer cirurgia bariátrica.
Para o educador físico e personal maringaense Paulo Gimenes, a dificuldade que as pessoas acima do peso encontram para emagrecer está nas metas, com resultados rápidos e prazos curtos.
Na contramão da obesidade e excesso de peso, a pesquisa também traz a informação que o consumo regular de frutas e hortaliças cresceu 15% entre 2008 e 2018 no Brasil. No período, a prática de atividade física no tempo livre também registrou aumento de 25%.