Em abril a CBN contou a história da pequena Rebeca Marchi Ally, de Umuarama, que estava à espera de um doador de medula óssea. O doador foi encontrado e o transplante vai ocorrer em Curitiba nessa sexta-feira (31). A menina luta há um ano contra a leucemia mielóide aguda. Ninguém da família era compatível para fazer a doação e por isto várias campanhas foram realizadas para aumentar o número de cadastros no Redome - Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea. A boa notícia chegou no dia 16 deste mês, mesma data em que exames apontaram que a medula de Rebeca estava sem células cancerígenas, pronta para receber o transplante.
Durante a espera, o alicerce da família de Rebeca foi a esperança, a mesma de mais de duas mil pessoas que estão na fila por um transplante de medula óssea no país. E é por meio dessa esperança que famílias se mobilizam e incentivam novos cadastros de doadores. O sistema é internacional. Em 2017, 23.802 pessoas se tornaram doadoras no Paraná, segundo dados do Redome. Se comparado a 2016, houve queda de quase 19% nos registros. Os dados de 2018 ainda não foram divulgados.
O transplante de medula óssea pode ajudar no tratamento de até 80 doenças, como leucemia, anemia e câncer, em diferentes estágios e faixas etárias. As chances de encontrar um cadastro compatível é de uma a cada 100 mil pessoas e, em alguns casos, chega a ser de uma a cada 1 milhão de habitantes.
Até julho deste ano, ocorreram no Estado 128 transplantes de medula óssea. Quase todos foram realizados em Curitiba, cinco ocorreram em Cascavel e três em Londrina, de acordo com o Sistema Estadual de Transplantes do Paraná. Em Maringá, o cadastro para ser um doador de medula óssea é feito no Hemocentro do Hospital Universitário.