O estudo é realizado pela Ação Covid-19, um grupo interdisciplinar de pesquisadores, entre eles professores da Universidade Federal do Paraná.
O objetivo do estudo é responder a seguinte questão: “Sob que condições a vacina conteria a pandemia no Brasil?”
Os pesquisadores analisam a taxa de transmissão do vírus, a chamada taxa R, e o ritmo de vacinação.
Quando a taxa R é igual ou maior do que 1, o controle da transmissão é mais difícil.
A pesquisa foi publicada pela primeira vez em março de 2021, com dados de 27 estados brasileiros.
O estudo foi atualizado em abril e novamente em maio, com dados de 19 de abril a 19 de maio.
Nesta mais recente atualização, a situação se agravou em oito estados.
E de todos os estados avaliados, a situação do Paraná é a mais preocupante.
Segundo a física Patrícia Magalhães, pesquisadora do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, e coordenadora do estudo, o Paraná teria que ter vacinado 56% da população, com as duas doses da vacina contra a Covid-19, para que a imunização começasse a ter efeito na redução da taxa de transmissão, que segundo os pesquisadores está em 1,4. Ou seja, cada 100 pessoas contaminadas podem infectar outras 140. [ouça o áudio acima]
A vacinação não é a única forma de reduzir a Taxa R. As medidas restritivas e o autocuidado também impactam no avanço do contágio. Caso essas medidas fossem mais eficientes no momento, o percentual de vacinados necessário para influenciar na taxa de transmissão seria menor.
A CBN entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde, que informou que irá se pronunciar sobre o assunto nessa segunda-feira (21).
Atualizado às 7h25 de 21.06 - Segundo a Sesa, o Paraná vacinou 1.283.103 pessoas com as duas doses, ou seja, 14,5% da população completaram o esquema vacinal.
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