PARANÁ SE DESTACA NA CONVENÇÃO NACIONAL DO PV
A tese defendida pelo Paraná foi vitoriosa na Convenção Nacional do Partido Verde, realizada neste sábado, dia 23 de fevereiro. O presidente José Luiz Penna, apoiado pelos paranaenses, foi reeleito.
Francisco Caetano Martin, o Chico do PV, foi eleito secretário Nacional de Mobilização Política. Terá a responsabilidade de coordenar a mobilização do Partido Verde do Brasil, com o objetivo de superar a cláusula de barreira de 2022.
Ele fará parte da executiva nacional, junto com Rosa e Raphael Rolim de Moura, do Paraná, indicados por ele. Ele também indicou o presidente do Conselho Fiscal do diretório nacional.
O Paraná foi estado que teve o maior crescimento de número de membros no Diretório Nacional.
O resultado do partido nas eleições do ano passado foi o melhor do PV em todo o país. Elegeu a deputada federal Leandre Dal Ponte e os deputados estaduais Soldado Adriano, de Maringá, e Estacho, Rodrigo Tlustik Venek, da cidade de Turvo.
NOVO SECRETÁRIO DE GESTÃO
A Prefeitura anunciou na sexta-feira, por voltas das 18 horas, o novo secretário de Gestão, o executivo César Augusto Arnoni, que por mais de 20 anos foi superintendente da Cocamar.
A nota da Prefeitura revela, ainda, que “o atual titular do cargo, Rogério Calazans, ex-diretor do Procon nesta gestão, deixa a administração por razões pessoais, mas permanece integrado ao grupo como interlocutor externo relevante nas definições das estratégias do governo municipal. Calazans permanece no cargo para um período de transição, enquanto César Augusto Arnoni se integra às rotinas e protocolos da secretaria.”
MOTIVOS PROFISSIONAIS
Recebi uma nova informação sobre a decisão de Calazans de deixar a Secretaria de Gestão. Estaria ligada a projetos do seu escritório de advocacia. Vamos acompanhar.
PRÉ-CARNAVAL
Um evento como este precisa ser muito bem planejado. Ouvido o conselho tutelar – não um conselheiro ou outro – os dois conselhos. Ministério Público, juizado de Menores e forças policiais.
A escolha do local é primordial para garantir um mínimo de controle sobre coisas básicas, como por exemplo o consumo de álcool e drogas. Idade mínima de acesso.
O cancelamento decidido na manhã de domingo foi uma demonstração de que a Prefeitura não havia previsto tantos problemas.
Mas aí, outro problema: adolescentes e jovens não aceitaram o cancelamento e se reuniram nas imediações do estacionamento do Willie Davids e tomaram a avenida Prudente de Morais.Ouvi relatos de violência, inclusive com menores.
Pessoas que tentavam passar pelo local tiveram problemas. Pelo visto não havia o policiamento necessário.
Detalhe: durante a tarde, nas redes sociais, era possível perceber que haveria mobilização e gente fazendo o pré-carnaval por conta própria. Foi o que aconteceu.
Opiniões no grupo de Whatsapp “Zona Livre” – quer quiser participar só me pedir no (44) 99122 8715:
Luiz Neto, jovem, do Conselho Municipal da Juventude:
“O carnaval e um evento importante para os jovens e a população, mas precisa ser feito em local adequado, com o devido controle de consumo de bebidas alcoólicas. Um evento deste porte exige muito mais organização e controle, para que não ocorram situações tão deprimentes como as que aconteceram.
Políticas públicas para jovens sim, mas sempre com organização e ordem.”
César Moreno, advogado:
“O pré-carnaval de Maringá, realizado neste sábado, 23, cancelado neste domingo, 24, mas com muita gente, em especial menores e jovens, nas proximidades do Willie Davids, abre um grande debate e deixa um saldo de problemas que poderiam ser evitados com planejamento e organização.”
Carlos e Ligiane Ciola, editores do “Fato Maringá”:
“Cancelar o evento não resolveu o problema por um simples motivo: Se trata de um problema preexistente e que obviamente nada tem a ver com Carnaval, mas com o crescente aumento do consumo de alcoólicos entre jovens e adolescentes ... É um fenômeno para ser levado em consideração...”
Renato Carlos, empresário:
“Que sirva de lição e tomara que nunca mais tenha essas palhaçadas com nosso dinheiro. Infelizmente a maioria dos jovens de hoje em dia não sabe curtir a vida de uma forma honrosa, se não tiver álcool e droga não é festa, lamentável a relação país e filhos de hoje em dia.”
Nêgime Elias, empresária:
“Descabida a ideia de um evento assim sem a previsão de como teria que ser a segurança necessária para que a população não sofresse os transtornos que sofreu ontem...
Fico pensando nas noites de horrores dos moradores ali da região no próximo fim de semana...”
Vitor Ottoni Pavan, advogado:
“E vale uma reflexão sobre a quantidade de pessoas que passaram mal (sem entrar no mérito). Objetivamente falando é um percentual muito baixo. Tinham 10.000 pessoas aproximadamente e se jogando alto 300 entraram em estado de alcoolemia significa que 3% da festa passou de todos os limites. Quanto às drogas enquanto a sociedade tapar os olhos achando que é coisa que só acontece nas periferias e não tratar o assunto com clareza e sem falsos moralismos não haverá avanço algum. Acho que ainda que se possam fazer críticas à organização o evento é benéfico em sua grande maioria. Nem todos têm condições de ser sócios de clubes sociais para aproveitar a festa e ter uma opção pública e aberta é muito interessante. Lembrando que é dever do estado proporcionar lazer e cultura aos cidadãos.”
Virgílio Marchesini: Carnaval em Maringá:
“Pontos a serem considerados - a cidade é também um polo educacional em sua região de influência, com um número crescente de graduados no ensino superior (cerca de 7.200 em 2015). Forma, proporcionalmente, mais alunos do ensino superior do que outras grandes cidades do Paraná (ex.: Londrina e Curitiba)” [1].
Isso mostra o peso que a juventude possui na questão econômica, já que o aspecto educacional contribui para o desenvolvimento da cidade. E, para isso, há a contrapartida: garantir com que esses jovens movimentem Maringá.
Essa contrapartida, no entanto, vem acompanhada de um desafio imenso que é de proporcionar a permanência por um baixo custo. Principalmente nas férias, que são dias que a cidade verde fica praticamente deserta.
Neste carnaval, ou melhor, pré-carnaval, as redes sociais foram alvo de críticas em massa no tocante ao cancelamento do “Bloco Bumbum de Ouro”.
Teve das mais diversas críticas e conspirações, mas direcionaram a pontos de discussão e reflexão, que num passado não tão distante, já foram discutidos no nosso país.
Este artigo, no entanto, irei pontuar temas sugestivos com o caráter crítico, com reflexo ou não do caráter constitucional dos mesmos – que podem impedir a implantação de alguma (as) sugestão (ões) aqui citada (as).
1. Maringá não possui muitos eventos destinados ao público jovem
A alta burocracia do nosso país, impedem que investimentos em bares, baladas e afins destinados ao público jovem e por consequência, a aparente falta de diversidade (escolha) em dias “festivos” (incluindo finais de semana) tem colocado em cheque uma discussão que foi pautada como “concentração de público” quando, por conspiração, os comentários acerca do cancelamento fora uma justificativa de que a Prefeitura estaria direcionando o público para o evento da Maringá FM.
2. Falta responsabilidade tanto dos jovens quanto do poder público
A falta de responsabilidade por parte dos jovens com os relatos dos elevados números de casos de menores ingerindo bebidas alcoólicas e fazendo consumo de drogas ilícitas tem levado a discussão de proibição de alguns eventos, como em chácaras por exemplo, e expondo um possível déficit dos órgãos do poder público para fiscalizar eventos realizados tanto em locais privados dotados de alvarás legais, quanto em locais públicos com a falta de efetivos necessários para os acompanhamentos dos eventos culminam a venda irregular de bebidas alcoólicas.
3. O uso da PM em eventos privados
A (verdade ou não) de uma justificativa de falta de efetivo que circulou nas redes sociais, cujo parte deste estava no evento da Maringá FM, me faz recordar da discussão aberta em meados de 2014 e em 2016 sobre a presença da Polícia Militar e o uso do efetivo policial em eventos privados mediante pagamento de taxa por parte da organização do evento. Ainda que tenha um efetivo (baixo) de pessoal da segurança privada, o uso da maioria de efetivo apesar de garantir segurança no evento, prejudica a parte fundamental e maior num aspecto de segurança pública: a segurança da cidade de Maringá.
Além do mais, a “gratuidade” da prestação de serviço em um evento organizado por ente privado, o descaso com os policiais que ficam em pé, numa tarde ensolarada e muitas vezes fazendo uma função “extra” sem ao menos receber por essa função, demonstra o descaso e o desrespeito com os policiais que, DEVERIAM cumprir com suas funções no tocante a segurança pública da cidade e, apenas deslocando-se para o estabelecimento privado numa situação de emergência.
Concluindo, a decisão por parte da Prefeitura e demais autoridades envolvidas no tocante ao cancelamento do evento que iria ocorrer no domingo (24/02), por ora foi acertada, levando em consideração a atual situação do poder público e de uma minoria irresponsável de jovens que faz parte do público envolvido, todavia, não deveria ocorrer já que eventos há uma defasagem de entretenimento na cidade para o público-alvo jovem.
A solução não está em proibição, mas sim na busca de alternativas para que as iniciativas privadas ocorram, de maneira segura e ordeira.”