A Operação Interceptor foi deflagrada pela Polícia Federal de Guaíra, nesta sexta-feira (21). As investigações começaram há cerca de 6 meses com a suspeita de que um contrabandista de Cianorte adquiria produtos importados do Paraguai, como cigarros, eletrônicos e medicamentos por valor muito abaixo.
Durante as investigações, a Polícia Federal descobriu que havia por trás um grupo criminoso especializado na prática de roubos nas rodovias e às margens do Rio Paraná.
Segundo o delegado Rafael Favreto, responsável pelas investigações, os criminosos assaltavam outros contrabandistas e traficantes da região da fronteira com o Paraguai. Eles se passavam por policiais, usavam falsos uniformes, distintivos e até falsas viaturas, e faziam emboscadas para as vítimas de forma violenta em supostas abordagens. [ouça o áudio acima]
Onze mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva foram cumpridos em Guaíra, Umuarama, também em Terra Roxa e Cianorte, onde moravam os chefes dessa organização criminosa. Até o momento, cinco imóveis de luxo foram confiscados pela Justiça. Além de 20 veículos apreendidos e mais de 50 contas bancárias foram bloqueadas.
O delegado explica que os criminosos eram conhecidos na região como “piratas do asfalto”. O principal receptador da organização teria movimentado mais de R$ 9 milhões, somente nos últimos 6 meses.
A polícia apreendeu durante as investigações diversos tipos de armas, inclusive adaptadores para submetralhadoras. As drogas e medicamentos contrabandeados eram revendidos pelo grupo. De acordo com a polícia, os criminosos enviavam remessas semanais de valores por depósitos bancários para uma facção criminosa de São Paulo e da região de fronteira. [ouça o áudio acima]
A operação envolve cerca de 60 policiais federais nas ruas das cidades da região oeste e noroeste do Paraná.