O pensamento suicida, existe e mata. A maringaense Regina Aparecida de Palma perdeu o filho em 2017 da forma mais triste que podia ocorrer e aprendeu a superar a dor, lutando.
Regina preside a ONG Decida Viver, entidade que luta para evitar que pessoas cheguem ao ato extremo de tirar a própria vida. Em um ano e meio, ocorreram 94 suicídios nos 30 municípios da Amusep (Associação do Setentrião Paranaense). 70 homens e 24 mulheres perderam a razão de viver. Dados foram divulgados na abertura da campanha Setembro Amarelo, mês mundial de prevenção ao suicídio. Lançamento ocorreu neste domingo (1º) na praça da Catedral de Maringá.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), nove em cada dez casos de mortes por suicídio poderiam ser evitadas. Quem decide se matar, precisa de um bom ouvinte, de ser escutado. E essa pessoa raramente está na família. A psicóloga Tatiane Iori Alvim, coordenadora da ONG Decida Viver, explica.
O suicídio é hoje considerado a segunda maior causa no mundo de mortes entre jovens de 15 a 29 anos. Para a psicóloga, eles têm dificuldades em se relacionar e não são compreendidos.
Entre as vítimas, muitas são de grupos considerados marginalizados pela sociedade, como transsexuais e skatistas. A coordenadora da ONG Registrans, Jéssica Magno, relata o suicídio entre transgêneros.
Para o mês Setembro Amarelo, a ONG Decida Viver programou quase 50 ações diferentes de prevenção ao suicídio em Maringá. Entre na página deles no facebook e veja a programação completa. O e-mail da entidade é o: ongdecidaviver@gmail.com. Na cidade, a campanha iniciou em 2015, pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), que continua como parceiro da iniciativa.
Atualização 26/09/19 às 14h20: A ASKM (Associação dos Skatistas de Maringá) discorda da frase de que “muitas vítimas são de grupos considerados marginalizados pela sociedade, como transsexuais e skatistas”. Segundo a associação, ocorreram dois casos de skatistas que cometeram suicídio no período na cidade, então fica difícil relacionar os skatistas ‘a muitas vítimas’. A ASKM ainda disse que luta e se importa com as pessoas. Que até fechou parceria com a ONG Decida Viver para incentivar e fortalecer a vida no mês Setembro Amarelo, porque entende que o skate pode ajudar os praticantes a vencer seus próprios desafios. Para finalizar, a Associação dos Skatistas de Maringá afirmou que busca melhorar a qualidade de vida dos skatistas, proporcionando espaços adequados para prática do esporte, mostrando o lado profissional da modalidade e ressaltando os benefícios.