A denúncia está sendo apurada pela promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público. O promotor Leonardo da Silva Vilhena explicou que o caso foi repassado pela promotoria da Saúde, que após receber muitas reclamações de atendimentos prestados no Hospital Universitário de Maringá, entendeu que havia elementos para uma investigação mais aprofundada.
A própria promotora de Justiça da Saúde, Michele Nader, visitou o HUM numa manhã de sábado em 2018 para verificar o atendimento prestado à população. No argumento da denúncia a promotora cita o exemplo de um paciente que chegou ao Pronto Socorro com problemas de visão e naquele momento não havia oftalmologista de plantão.
Ainda de acordo com a Promotoria, o único retinólogo do hospital cumpre uma jornada de trabalho de 24 horas seguidas. Portanto, fica disponível ao hospital apenas um dia da semana. A promotoria questiona, por que não distribuir essas horas ao longo da semana. O que o Ministério Público quer apurar é se a escala de plantões atende interesses particulares dos servidores, em vez de se preocupar com que é melhor para a população, diz o promotor Leonardo Vilhena.
A CBN entrou em contato com a assessoria de imprensa do Hospital Universitário de Maringá. De acordo com o hospital, o ofício enviado pela promotoria ainda não chegou à superintendência. Mas assim que chegar, o HUM irá encaminhar os dados requisitados e poderá se pronunciar.