O construtor Antônio Luiz de Souza, de 63 anos, foi vítima de linha com cerol no dia 15 deste mês em Maringá. O acidente ocorreu no bairro Bom Jardim, quando ele se deslocava de um dos locais de trabalho. Souza levou 13 pontos no pescoço e ficou quase duas semanas parado em recuperação.
Os ferimentos não foram mais graves porque ele conseguiu quebrar a linha da pipa com a mão. Mas há casos em que as lesões com cerol, que mistura cola com vidro, levam até a morte. Por conta da gravidade da situação, autoridades de segurança de Maringá irão criar uma força tarefa para combater o uso de linha chilena no município. As ações contarão com representantes da Guarda Municipal, conselhos tutelares, secretarias municipais e de policiais civis e militares. A primeira reunião do grupo ocorre nessa quinta-feira (1º) de agosto. Segundo o subcomandante da Guarda Municipal, Ricardo de Farias, o objetivo não é multar e proibir a diversão dos praticantes, mas sim evitar acidentes e preservar a vida da população.
De acordo com a Guarda Municipal, em 15 dias o município recebeu 20 denúncias de uso de cerol ou linha chilena. Segundo lei municipal 6046/2003, o uso de cerol tem como penalidade multa de R$ 100 ao infrator, que pode ser dobrada em casos de reincidência. Já a comercialização de cerol, gera multa de R$ 500 ao estabelecimento, além da suspensão e até cassação do alvará de funcionamento.
Atualização:
Na tarde dessa segunda-feira (29), em Maringá, um adolescente ficou ferido após ser atingido no pescoço por uma linha com cerol enquanto andava de bicicleta. O garoto sofreu um corte profundo na região do pescoço e foi levado para a UPA - Unidade de Pronto Atendimento Zona Sul. A UPA informou que o estado de saúde do adolescente no momento em que ele foi atendido era estável.