Maringá foi a 2ª cidade do Paraná com isolamento mais severo
Foto: Victor Ramalho/GMC Online

Economia

Maringá foi a 2ª cidade do Paraná com isolamento mais severo

Economia por Lethícia Conegero/GMC Online em 12/05/2020 - 10:29

Dados da Receita Estadual mostram que Maringá foi a segunda cidade do Paraná com isolamento social mais severo, atrás apenas de Cianorte. Por meio do decreto municipal nº 445/2020, as atividades econômicas consideradas não essenciais foram suspensas no dia 20 de março no município, em função da pandemia da Covid-19.

Na semana de 23 a 27 do mesmo mês, de 100% das empresas que estavam ativas entre 9 e 13 de março - período de referência do levantamento -, apenas 38% mantiveram as atividades. Em Cianorte, foram 37%. Considera-se ativa toda empresa que emitiu pelo menos um documento fiscal (NF-e ou NFC-e) de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

"As medidas do decreto municipal criaram uma contenção maior das empresas, e o resultado foi uma menor emissão fiscal", explica o economista João Ricardo Tonin.

Mesmo com a retomada gradual das atividades, como indústria, construção civil, comércio de rua e outros, até a última semana de abril, Maringá ainda possuía um dos menores índices de abertura econômica em relação às maiores cidades do Paraná, segundo os dados da Receita Estadual.

Na semana de 27 a 30 de abril, 81% das empresas haviam retomado suas atividades econômicas no município, ou seja, 19% ainda permaneciam com as atividades suspensas. Apenas Curitiba, Foz do Iguaçu e Londrina tiveram índice de abertura menor que Maringá na última semana de abril. Cidades como Francisco Beltrão, Pato Branco, Cianorte, Toledo, Umuarama, Arapongas e Araucária, tiveram abertura de mais de 90% das empresas.

“Maringá teve um isolamento muito mais intensivo em relação às outras cidades, e teve uma taxa de recuperação que a deixou em uma posição muito abaixo das principais cidades que tiveram uma abertura um pouco menor, como Francisco Beltrão, Pato Branco, Araucária, Arapongas e Umuarama. Essas cidades tem quase 100% das empresas emitindo nota fiscal”, destaca Tonin.

O decreto municipal nº 637/2020, publicado a última sexta-feira, 8, autorizou a reabertura de shoppings, academias, restaurantes, lanchonetes, bares, entre outros estabelecimentos, com restrições no volume de atendimentos, distanciamento, horário e medidas de higiene e limpeza.

“Essa realidade de Maringá pode ter sido alterada agora, no mês de maio, com a formalização dos decretos de reabertura de restaurantes, lanchonetes, academias, shoppings etc.”, acrescenta.

Os dados da Receita Estadual também mostram os setores econômicos mais impactados no Paraná, durante o isolamento social. Em abril, o comércio varejista teve redução de 38,5% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Na sequência, estão os setores da indústria, com queda de 21,6%, e serviços, com 20%.

“Estes são setores altamente estratégicos para a economia de Maringá, que na média do Estado foram muito impactados”, afirma o economista.

Em produtos, os setores automobilístico e bebidas foram os mais impactados, com redução de 29% e 21% na arrecadação de ICMS, respectivamente.

Em abril de 2020, houve queda de R$ 448,6 milhões (16,9%) em relação ao mesmo mês do ano passado, em valores corrigidos pela inflação. A arrecadação de ICMS de abril está relacionada, em parte, às operações realizadas em março, que foram afetadas pelas medidas de combate à pandemia a partir da segunda quinzena.

Clique aqui e veja o levantamento completo.

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