Conhecida como Magó, Maria Glória Poltronieri Borges foi assassinada por um homem no começo de 2020 na região de Maringá. Ela e outras vítimas do feminicídio,como Tetê e Anna Julia, foram lembradas nessa quarta-feira (22), em mobilizações artísticas feitas por mulheres, no centro da cidade.
Durante a tarde, famíliares de Magó e representantes de grupos como a associação Nenhuma a Menos fizeram um ato ao redor da catedral, com dança e performance artística. Daísa Poltronieri, mãe de Maria Glória e uma das articuladoras, pediu mais respeito às mulheres. [ouça no áudio acima]
A dança ficou sob a responsabilidade de Mariana Barreto Poltronieri. Prima de Maria Glória, a artista falou que sente a presença de Magó. Para ela, participar do ato em homenagem a prima e a outras vítimas foi algo emocionante. [ouça no áudio acima]
Em 2019, 89 mulheres foram assassinadas no Paraná. No primeiro semestre de 2020, 23.
Em linhas gerais, o feminicídio é motivado apenas pelo fato de a vítima ser mulher.
A artista Valentina Piotto, uma das participantes da performance, disse que a arte é uma das ferramentas na luta contra o machismo e o feminicídio. [ouça no áudio acima]
Além das ações artísticas, o ato contou com uma blitz no trânsito. Uma colher de plástico em um papel dizendo “Em briga de marido e mulher, meta a colher!” foi distribuído. Toda a sociedade deve fazer parte da luta, disse a co-fundadora da Nenhuma a Menos, Evelin Cavalini. [ouça no áudio acima]
Em Maringá e região, foram registrados cinco casos de feminicídio em 2020.