Depois de quase um ano de pandemia, muitas empresas e famílias enfrentam os impactos econômicos negativos desse período. E pode vir por aí mais uma bomba para o bolso de quem paga aluguel, tanto comercial quanto residencial: o reajuste, que este ano, para alguns índices, foi muito alto. Alguns contratos de locação, baseados no IGP-M, podem sofrer reajuste de quase 30%. Uma alta bastante expressiva.
O IGP-M é um índice medido pela variação dos preços das commodities. Nos últimos 12 meses, a alta do índice foi de 28,94%. Antes a notícia era de reajuste de 25%, mas houve mais alta ainda porque agora os últimos 12 meses englobam períodos da pandemia. E a alta pode ser ainda maior. É o que explica o advogado, mestrando na área, Yago Bertacchini.
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O locatário tem direito de aplicar o índice de reajuste, mas depois desse ano difícil, essa alta não é fácil de incluir no orçamento. Por isso, a orientação do advogado é que tanto os locatários quanto os locadores procurem meios amigáveis de negociação, como tentar aplicar outro índice, como o IPCA, por exemplo, que teve reajuste menor. Tudo para evitar medidas judiciais, que têm sido bastante frequentes, diz o advogado.
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Mas lembre-se de sempre ter registros por escrito das negociações e conversas, para evitar dores de cabeça futuras.
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