Justiça determina que nome de Carlos Augusto Ferreira seja retirado de inquérito policial
Foto: Reprodução Redes Sociais.

Operação Mafiusi

Justiça determina que nome de Carlos Augusto Ferreira seja retirado de inquérito policial

Segurança por Luciana Peña em 08/12/2025 - 13:42

Além de determinar a devolução dos carros apreendidos do secretário da Fazenda de Maringá, na Operação Mafiusi, da Polícia Federal, a Justiça Federal determinou que a “situação” de Carlos Augusto Ferreira no processo eletrônico conste como “arquivado”. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (8), o secretário disse que isso só foi possível porque em 40 dias ele provou que houve um erro da Polícia Federal na investigação de um esquema de lavagem de dinheiro do narcotráfico internacional. O secretário citou ainda um relatório em que o delegado do caso  reconhece “erro técnico” no banco de dados da Polícia Federal.

Em outubro deste ano, o Secretário de Fazenda de Maringá, Carlos Augusto Ferreira, foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga a lavagem de dinheiro para o narcotráfico internacional.

Os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do secretário.

Três carros de luxo, avaliados em R$ 2 milhões, foram apreendidos.

A apreensão repercutiu no noticiário nacional.

O secretário ficou afastado do cargo durante um mês.

Neste período, a defesa dele analisou o inquérito policial.

São nove mil páginas.

A Polícia Federal apresentou como prova uma conversa por aplicativo de mensagem entre um doleiro e um executivo de uma fintech, envolvida no esquema criminoso.

O executivo é apontado como Carlão, que segundo a Polícia Federal seria o secretário Carlos Augusto Ferreira.
É uma conversa por áudio, mas a Polícia Federal apenas divulgou a transcrição.

Os advogados do secretário requisitaram a gravação e contrataram uma perícia para analisar a voz.

O secretário diz que não é a voz dele. [ouça o áudio]

Em 40 dias, com a ajuda de uma banca de profissionais que além da perita em áudio inclui advogados especialistas em inteligência artificial, o secretário conseguiu que a Justiça determinasse a retirada do nome dele da investigação.

O Ministério Público Federal não manifestou interesse em questionar a decisão da Justiça.

Além disso, segundo o secretário, há no processo um relatório do delegado da investigação em que ele reconhece um “erro no banco de dados” da Polícia Federal. [ouça o áudio]

O secretário de Fazenda de Maringá chegou a trabalhar, por 18 dias, para a fintech investigada pela Polícia Federal.

Ele foi contratado para mediar uma cisão comercial entre os sócios da empresa.

Temporariamente, ele ocuparia o cargo de presidente da Fintech, mas os sócios desistiram da cisão e o nome de Carlos Augusto Ferreira como presidente da Fintech nunca chegou a ser registrado na Junta Comercial.

Para o secretário de Fazenda, a Polícia Federal o confundiu com o verdadeiro presidente da fintech, que também se chama Carlos. [ouça o áudio]

A CBN tenta contato com a Polícia Federal para comentar o assunto.

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