O crime ocorreu no dia 8 de novembro de 2020. A adolescente Ingrid Vitória Julio Regina, de 15 anos, estava em um bairro próximo ao aeroporto da Maringá, na PR-317, conhecido por “Fim do Mundo”. Próximo ao local, havia uma grande concentração de carros onde, segundo testemunhas, era realizada uma festa clandestina, que reuniu aproximadamente 500 pessoas.
De acordo com a família, Ingrid estava no sítio do avô e foi caminhar com parentes pelas redondezas quando encontrou uma amiga e parou para conversar. Neste momento, um homem chegou atirando. O alvo era alguém que estava na festa, mas Ingrid foi atingida com dois tiros na cabeça. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O homem apontado como autor dos disparos é Luiz Gustavo Xavier. Ele foi identificado e teve a prisão temporária decretada dias depois. Na época, ele chegou a se apresentar na delegacia com um advogado, mas não ficou preso porque, por ser período eleitoral, de acordo com a legislação, nenhum eleitor pode ser preso nos cinco dias que antecedem a eleição a não ser em flagrante. E o flagrante, neste caso, já havia passado.
O julgamento de Luiz Gustavo foi realizado nessa terça-feira (5), no Fórum de Maringá. Em cerca de 9 horas de julgamento, foram ouvidas várias testemunhas. Ao final, o júri votou pela condenação de 19 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado, sendo 6 anos de pena pela tentativa de homicídio contra o rapaz que o acusado tentou matar e 13 anos e 4 meses pela morte de Ingrid.
De acordo com o promotor de Justiça responsável pelo caso, Júlio César Silva, a pena está dentro do que era esperado pelo Ministério Público. [ouça no áudio acima]
Durante o julgamento, Luiz Gustavo não confessou o crime. Ele nega ser o autor dos disparos. Segundo a advogada do réu, Eliana Javorski, a defesa irá recorrer da sentença. [ouça no áudio acima]
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