CONTAGEM REGRESSIVA Quarta-feira, dia 26 de setembro. Faltam 11 dias para 7 de outubro, primeiro turno das eleições 2018.
O IBOPE VEM AÍ
As pessoas me perguntam bastante sobre como estão as eleições, quem está na frente, como está a campanha.
Sem dúvida a pesquisa IBOPE ajuda muito a acompanhar as campanhas eleitorais e o desempenho dos candidatos.
E amanhã, quinta-feira, dia 27, teremos a divulgação de mais uma pesquisa IBOPE, registrada na Justiça Eleitoral e encomendada pela RPC.
DEBATE NA RIC
Dia 28, sexta-feira, a partir das 18 horas, teremos debate entre os candidatos ao governo do Paraná, na RIC TV. A mediação será do jornalista Denian Couto.
O debate terá 1 hora e 45 minutos, com transmissão ao vivo, entre 18h e 20h, mais cedo que em eleições anteriores.
Foram considerados aptos ao debate pela emissora os candidatos de coligações com pelo menos cinco parlamentares no Congresso Nacional, conforme ordena a lei eleitoral.
Dos dez candidatos, seis se enquadram e todos confirmaram presença: a governadora Cida Borghetti (PP); o deputado estadual Ratinho Junior (PSD); o deputado federal João Arruda (MDB); o ex-deputado federal Doutor Rosinha (PT); o servidor público Professor Luiz Piva (PSOL); e o advogado e jornalista Ogier Buchi (PSL).
Jorge Bernardi (REDE), Priscila Ebara (PCO), Professor Ivan Bernardo (PSTU) e Geonísio Marinho (PRTB) não tem representatividade mínima no Congresso Nacional e não foram convidados.
NÚMEROS DAS CANDIDATURAS PARA AS ELEIÇÕES 2018
29.101 candidatos pediram registro.
1.848 foram rejeitados.
174 por causa da Lei da Ficha Limpa – Lula está entre eles.
Há 27.252 candidaturas válidas para as eleições de outubro.
682 renunciaram e três morreram.
13 candidatos disputam a presidência.
202 concorrem aos governos estaduais.
358 querem o Senado
1.543 candidatos concorrem pelo PSL, partido com mais candidatos.
O PSL é seguido pelo PSOL, com 1.347 candidatos. Em seguida vem o PT, com 1.309 candidatos.
QUEM “BATEU” MAIS E QUEM “APANHOU” MAIS NESTA CAMPANHA PRESIDENCIAL
O dia 7 de outubro vai chegando. As estratégias vão mudando.
Mas até aqui, como foi a campanha no seu lado visível, a internet, as propagandas eleitorais e as entrevistas e sabatinas no rádio na TV?
Quem “bateu” mais, quem “apanhou” mais?
Nas redes sociais é mais fácil medir. A pedido da BBC News Brasil, pesquisadores da Diretoria de Análise de Políticas Públicas (Dapp) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) analisaram as postagens dos principais candidatos à Presidência da República no Twitter e no Facebook, para saber quem é o mais "brigão" entre os presidenciáveis.
No Twitter, um resultado que pode surpreender muita gente. No período avaliado, o mais agressivo foi Geraldo Alckmin (PSDB). Os alvos preferenciais do tucano foram Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
No Facebook, quem mais “bateu” foi Jair Bolsonaro (PSL). Ele fez 33 posts oficiais dirigidos a outros políticos (colegas de partido, adversários, artistas e pessoas públicas). Desses, 24 (ou 72%) foram críticas e ataques.
Ciro Gomes (PDT) fez a linha "paz e amor" nos seus perfis oficiais: no Twitter, postou apenas dois ataques contra Bolsonaro e um contra Alckmin. No Facebook, foram apenas três postagens agressivas contra outras pessoas - de um total de 27 posts.
QUANTOS BRASILEIROS USAM A INTERNET?
Dos cerca de 210 milhões de brasileiros, pouco mais da metade (130 milhões de pessoas) são usuários ativos de redes sociais, segundo relatório de janeiro de 2018 da empresa Hootsuite.
AGRESSIVIDADE É EFICAZ?
Quem mais “apanhou”?
Os levantamentos mostram que Haddad e Bolsonaro foram os mais atacados pelos adversários. Marina Silva (Rede) passou relativamente livre pela “pancadaria online”.
O PT "escolheu" o PSDB como adversário principal nas redes.
No Twitter, a Dapp analisou 3.302 tuítes dos candidatos e de seus principais aliados, publicados de 18 de agosto a 18 de setembro.
No Facebook, foram analisadas 1.894 postagens publicadas pelos candidatos a presidente, de dia 1º de julho até 16 de agosto deste ano.
Pergunta é: Dá para ganhar eleição sem criticar os adversários?
"Mais do que bater simplesmente, o que a gente tem visto na campanha é a desconstrução dos adversários. Pegar um ponto fraco da outra candidatura e amplificar, colocar no holofote. É o que o Alckmin fez com algumas propostas da política tributária do Bolsonaro (como as ideias de mudança no Imposto de Renda e a criação de um novo tributo). Então, não é exatamente agredir (pessoalmente), mas fazer uma propaganda negativa a respeito do outro", diz Pablo Ortellado, professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da USP.
Outros meios usados para "desconstruir" os adversários: Alckmin dedicou parte significativa de suas inserções de TV para atacar Bolsonaro e Haddad. Nas últimas semanas, Marina fez declarações contundentes contra os principais partidos brasileiros, como o PT, o PSDB e o MDB.
Uma parte da artilharia contra adversários na internet passa ao largo dos perfis oficiais dos candidatos no Twitter e no Facebook. Sátiras e memes contra presidenciáveis são comuns em grupos de WhatsApp, por exemplo.
Para Ortellado, porém, os perfis oficiais dos candidatos no Twitter e no Facebook funcionam como uma espécie de "termômetro" do tom da campanha: um candidato mais agressivo nestas redes sociais tende também a atacar mais os adversários em declarações públicas ou na propaganda eleitoral. A estratégia usada pelos candidatos nas redes segue a orientação geral para o resto da campanha.
Os que mais apanharam estão na frente. Haddad, que apanhou muito, vem aparecendo com o maior crescimento no IBOPE e no DataFolha.
PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS
No Twitter, Bolsonaro 'terceiriza' ataques para seus filhos.
Ao longo do último mês, os ataques feitos pelo perfil oficial de Bolsonaro no Twitter tiveram como alvo, principalmente, Lula e Haddad. Foram 28 mensagens críticas aos seus principais adversários na disputa presidencial, das quais 21 (75%) foram contra o ex-presidente e o candidato do PT.
Os perfis oficiais dos seus filhos Carlos, Eduardo e Flávio publicaram 119 mensagens com críticas a outros candidatos. 108 foram ataques aos principais concorrentes: Lula/Haddad, Marina, Alckmin e Ciro.
A família Bolsonaro bateu no PT e em Haddad: foram 53 das 108 postagens 49%). O segundo mais atacado é Alckmin, com 29 posts (26%). Marina e Ciro receberam 13 "paus" cada um dos filhos de Bolsonaro, no Twitter.
A participação dos filhos se acentuou depois que Bolsonaro foi esfaqueado, em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro. Os filhos bateram, mas os perfis oficiais de Bolsonaro passaram a mostrar o lado humano do candidato e evitar as postagens agressivas.
Marina derreteu nas pesquisas sem apanhar
Na campanha de 2014, Marina caiu depois que se tornou o alvo de Dilma Roussef (PT) e Aécio Neves (PSDB).
Agora em 2018, Marina cai sozinha, sem ser o alvo preferencial de seus adversários.
Em 22 de agosto, a candidata da Rede Sustentabilidade tinha 16% das intenções de voto, segundo levantamento do Datafolha. Na última pesquisa do instituto, da última quinta-feira, ela aparece com 7%.
Alckmin é o escolhido como alvo do PT
Os perfis oficiais do ex-presidente Lula, de Haddad, da candidata a vice Manuela D'Ávila (PC do B) e da ex-presidente Dilma no Twitter fizeram 51 postagens críticas a candidatos.
Entre os quatro principais adversários de Haddad na disputa presidencial, Alckmin foi o que mais "apanhou" dos petistas: foram 19 mensagens negativas contra o tucano.
Haddad e Bolsonaro foram os mais criticados
Haddad foi o mais atacado pelos adversários nas redes sociais, seguido por Bolsonaro. Os dois lideram as pesquisas de intenção de voto: no último levantamento Ibope, divulgado nesta segunda-feira (24), Bolsonaro aparece com 28% e Haddad, com 22%.
Bolsonaro foi o alvo de 38 mensagens críticas no Twitter, a partir de perfis oficiais dos seus asversários.
Quem mais bateu no ex-capitão foram Marina (13 tuítes) e Alckmin (24 posts).
Considerando os perfis aliados, Bolsonaro recebeu 67 ataques durante o período - e os mais agressivos contra o candidato do PSL foram os perfis ligados a Haddad.
Haddad foi alvo de 56 mensagens negativas de seus adversários no Twitter.
Considerando os perfis dos principais aliados de seus concorrentes, Haddad foi alvo de 120 menções negativas.
Quem mais atacou Haddad no Twitter foi Alckmin. Foram 30 postagens negativas do perfil oficial do tucano contra o petista, no período estudado.
Considerando os perfis aliados, quem mais bateu no petista foram os filhos de Bolsonaro: dispararam 53 mensagens contra ele no período pesquisado.