Hospital Regional: A prioridade é atender a população
CBN Maringá

O Assunto é Política

Hospital Regional: A prioridade é atender a população

O Assunto é Política por Diniz Neto em 20/12/2018 - 14:40

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DÁ PRAZO PARA O HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

O Conselho Regional de Medicina (CRM) realizou uma vistoria no Hospital Universitário Regional de Maringá. O principal problema encontrado foi a falta de médicos, o que tem dificultado as escalas de plantões. Deve ser entregue hoje à UEM um “indicativo de interdição ética do Hospital Universitário”, com prazo de 120 dias para regularização das situações encontradas.

A UEM quer a contratação de 40 médicos, mas há divergências entre a assessoria Jurídica da Universidade e a Procuradoria Geral do Estado.

O CRM tem liberdade para fazer vistorias. Portanto, não cabe julgar esta ação. Mas é no mínimo curioso que ela ocorra neste momento.

Repito o que afirmei aqui quando aconteceu o problema recente no atendimento no HU. Durante quatro anos a gestão anterior do Hospital Universitário conseguiu manter as escalas e os atendimentos, sem problemas públicos. Efetivamente resolveu internamente os problemas, mostrou capacidade de gerir crises. O que acontece agora? O que mudou tanto? Com um mês de nova gestão, aconteceu um problema de atendimento e agora surge essa vistoria do CRM.

Lembrando que o importante é o atendimento à população e não há, no horizonte, a perspectiva de que todos os problemas possam ser resolvidos de uma hora para outra.

 

UPA ZONA SUL

Tive que levar uma pessoa à UPA Zona Sul, na madrugada de quarta-feira.

Cheguei lá à 1h45.

A chegada na UPA já desanima. A pessoa que recebe não demonstra interesse em atender. Faz o serviço burocraticamente, sem qualquer simpatia ou empatia.

Não há classificação do atendimento. Quem chega com dor fica esperando atendimento de pessoas que estão em condições melhores – pelo menos não apresentam dor intensa.

Não há uma ou mais pessoas ligando os setores. As pessoas passam de um setor para o outro sozinhas. A sensação é de abandono, mesmo que o atendimento esteja sendo providenciado e esteja próximo.

Da chegada até o “acolhimento” foram cerca de 20 minutos. Até o médico, 30 minutos. Detalhe era a dor intensa do paciente. Outras duas pessoas chegaram com dor e ficaram esperando na mesma ordem de atendimento, sem a sensibilidade de que deveriam receber um atendimento mais rápido.

Muitas crianças chegando toda a madrugada.

Os atendimentos foram ocorrendo, mas na situação descrita – os pacientes e familiares não têm um acompanhamento humanizado, é tudo muito distante e frio.

Detalhe: Colocaram umas portas de ferro, isolando a recepção dos pacientes dos consultórios.

A porta da saída range, faz um barulho infernal. Será que a unidade não tem um gestor capaz de verificar um detalhe tão básico? Difícil de entender uma situação assim.

De forma geral, a sensação é péssima. Como se estivessem fazendo um favor para os pacientes, sem a sensação de preocupação com eles, sem uma classificação correta de quem precisa ser atendido primeiro. Pelo menos foi isso que constatei, pessoalmente.

 

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