Guardas Municipais de Maringá são suspeitos de tortura contra adolescentes de abrigo
Imagem Ilustrativa | Foto: Aquivo/GMC Online

Denúncia

Guardas Municipais de Maringá são suspeitos de tortura contra adolescentes de abrigo

Segurança por Luciana Peña em 03/04/2024 - 10:04

Quatro guardas municipais de Maringá estão sendo investigados pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) por suspeita de tortura e lesão corporal contra crianças e adolescentes do abrigo municipal. Uma ex-servidora do abrigo também é investigada. Nesta quarta-feira (3), a delegada do Nucria irá ouvir o depoimento do diretor do abrigo.

No abrigo municipal de Maringá vivem adolescentes que foram retirados da família por decisão judicial.

Excepcionalmente, duas crianças também estão no abrigo para ficar juntas aos irmãos mais velhos.

A Polícia Civil investiga a denúncia de que no dia 18 de março, essas crianças e adolescentes, já numa condição vulnerável, foram vítimas de lesão corporal e tortura.

A investigação está sendo conduzida pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria).

Os crimes teriam sido praticados por uma servidora que trabalhava no abrigo e por quatro guardas municipais.

A delegada Karen Nascimento diz que a denúncia foi feita por um adolescente na escola. [ouça o áudio]

A Guarda Municipal foi acionada porque na noite do dia 18 de março teria havido uma discussão entre os abrigados e a servidora que está sendo investigada. Os adolescentes queriam dormir na sala porque os quartos estavam quentes demais. [ouça o áudio]

Nesta quarta-feira (3), a delegada irá ouvir o depoimento do diretor do abrigo municipal, que não estava no local no dia das supostas agressões.

A servidora acusada de tortura pediu exoneração, mas o processo contra ela continua correndo. Ela ainda será ouvida. Assim como os guardas envolvidos. [ouça o áudio]

A CBN não conseguiu contato com a defesa dos envolvidos. A Prefeitura de Maringá informou, por meio de nota, que: “(...) repudia qualquer tipo de violência. Assim que recebeu a denúncia, a Secretaria de Segurança encaminhou à Corregedoria da Guarda, adotou as medidas administrativas necessárias para que haja a devida apuração e atendeu às solicitações do Ministério Público. Os agentes foram afastados das atividades externas e realizam apenas serviços administrativos até que o caso seja devidamente apurado. A servidora do abrigo envolvida pediu exoneração, mas ainda será investigada. A Secretaria de Assistência Social, por meio da equipe técnica, segue com acolhimento e suporte psicológico aos adolescentes do abrigo.”

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