
Opinião
Comentário
O país vive mais uma série de acontecimentos que denunciam a lógica do poder. Os
atos ilícitos são tantos e se multiplicaram. Mas isto já faz tempo. Não há novidade no
ato e sim na denúncia. Não se engane e não caia na mentira de dizerem que “nunca
antes na história do país houve tanta corrupção”. Ela já existia e existe, estamos
sabendo um pouco mais sobre elas.
Enquanto o ex-presidente Lula é denunciado, o atual, Temer, é acusado de dividir um
milhão de reais. Empresário preso, Wesley Batista, teria usado informações
privilegiadas para se beneficiar e lucrar no mercado financeiro. Garotinho, ex-
governador do Rio de Janeiro é preso enquanto apresentava programa de rádio. A
acusação a Garotinho é compra de votos, uma prática antiga. Não se assuste. Você
apenas está vendo mais do que é muito.
O que estamos assistindo é a demonstração da lógica que sustenta o poder. A relação
perniciosa entre os homens públicos, as empresas bem sucedidas por estar associada
ao poder e a velha forma como o bem público serve a interesses privados. Não há
nada de novo nisso.
A mudança desta condição é mudar a relação. Assumir aquela retórica que todos têm
e poucos praticam, chamada de cidadania. É a cobrança dos direitos e entender os
deveres. Aprender a romper a relação viciada e prejudicial e fazer valer o interesse
coletivo em vez do particular quando se fala do “bem público”.
Agora, sempre bom lembrar, muitos dos que criticam os crimes e os criminosos o
fazem por não serem beneficiados pelos atos ilícitos. Quanto de nós faria o mesmo se
chegassem ao poder? Quantos empresários se tivessem a oportunidade do benefício
ilícito, compactuariam, pagariam e receberiam valores ilícitos? Talvez, na resposta a
estas questões esteja o nosso principal problema.
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