
Opinião
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A frustração é um aprendizado, sempre. Temos que tomar cuidado para equilibrar este sentimento. De um lado, não frustrar pode ser a conquista de uma vitória, dar satisfação ao outro ou se satisfazer. Por outro lado, em excesso, a satisfação constante e de todas as coisas pode gerar um ser fraco e sem a capacidade de entender seus limites.
Ao mesmo tempo que buscamos a satisfação de nossos interesses é a frustração que lapida, faz a melhora, o polimento do caráter, constrói a civilidade associada ao senso de respeito a existência das outras pessoas. Vale o ditado, dê a um ser humano o excesso e encontrará um excessivo.
Nunca tema agir para limitar os excessos com os quais você pode ser vítima. Bom-senso é saber impor sobre aqueles com quem convivemos a condição desta convivência. E este limite se estabelece na prática cotidiana do convívio. As pessoas precisam sentir até a onde podem ir, ter consciência da integridade do outro e aprender a respeitar esta condição.
Muitos dos excessivos com quem nos relacionamos são fruto da falta de frustração. Aqueles mais próximos, filhos por exemplo, quando são pessoas com comportamento abusivo e pouco sensíveis a condição da convivência com os outros, são obra de muito sim e pouco não.
Dentro dos ambientes os abusivos são inconvenientes, eles avançam sobre o direito dos outros e atingem aqueles que estão mais próximos com comportamentos agressivos. Não tem limites. Tem uma construção em que não aprenderam tropeçando e sim pisando no mais próximo. Quem lhes ensinou isso.
Há uma atitude de permissividade que praticamos com quem nos relacionamos e alimentamos gradativamente o abusador. Nós abrimos as portas de nossa vida para a invasão do agressor. Damos a “chave” para se instalarem e abusarem de nossa intimidade.
Logo, há que se aprender que a boa educação se faz de frustração. Dizer NÃO é saudável e necessário. Não precisa ser sempre, mas na hora certa. Há que se mostrar que o limite é condição essencial na vida de qualquer ser humano. Lembrando que não se educa por retórica e sim pela prática, pela ação.
Não há a necessidade de ser estúpido ou agressivo, apenas demonstrar que não se pode tudo e não se é a prioridade de todos.
A fragilidade das pessoas está na falta de experiências negativas e educativas na construção de uma sensibilidade nas relações sociais. Ser na convivência com a outra pessoa é entender sua separação de nossa vida. O outro ser humano não é uma extensão de nossa vontade ou existe para realizar nossos desejos.
Não tema, se for necessário, DIGA NÃO. As pessoas precisam aprender. E se você não quer o mal que venha da convivência com os outros, inicie evitando ser uma vítima dele alimentando os excessos e os excessivos.
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