![A ética da vizinhança](https://cbnmaringa.com.br/uploads_xs/c922fe44a59e0aeb21c4bde2ddb9dba3.png)
Opinião
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Queremos resolver problemas ou alimentá-los?
Você já pensou que conflitos que duram quase uma vida inteira começam por pouca coisa? Não é regra, mas é uma realidade. Muitos dos rancores, raivas, ódios e tudo isso associado a um desejo de vingança foram iniciados por um fato que aparentemente não tinha relevância.
Dentro dos condomínios isso é muito comum. Mesmo em bairros, onde não se está sob as mesmas regras e não tão próximo à convivência, os conflitos podem se perpetuar, começando por causa de algo ridículo, sem qualquer relevância.
Porém, porque alimentamos tanto ódio diante de um fato com tão pouca importância? A resposta é simples, estamos diante de uma projeção. Alimentamos o conflito porque desejamos uma “válvula de escape” de nossas próprias imperfeições. Desejamos fazer da guerra declarada um campo de descarga de nossos ódios.
Guerras viraram profissão.
Um ensaísta alemão, Hans Magnus Enzensberger, considera que muitos dos conflitos da atualidade são alimentados não por uma causa nobre, um objetivo moral, uma luta por um ideal, mas sim porque dá aos envolvidos no conflito uma função, um sentido de vida, a guerra se transforma em um desejo para viver. Por isso, a paz é improvável.
Logo, muitos dos conflitos que surgem entre vizinhos, entre as pessoas que convivem no mesmo espaço, é marcado por este perfil, o de continuar a guerra sem jamais desejar a paz. O conflito se torna para estas pessoas uma missão em vida.
Temos que superar estes conflitos conscientizando os envolvidos de que não se pode manter uma guerra indeterminada. Temos que buscar um acordo, uma solução, uma convivência mínima de respeito. Temos que resgatar a dignidade das pessoas e fazer com que percebam que os conflitos constantes destroem possibilidades e não constroem soluções.
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