Uma das duplas mais conhecidas nos anos de 70 em Maringá foi João Pereira e José Moreno. João Pereira, é um violeiro revelado por um rádio, além de compositor e proprietário da primeira gravadora profissional no interior do Brasil.
Essas e outras histórias estão no documentário “Cidade Canção: os primeiros anos da música maringaense”. O filme, cuja ideia de produção surgiu em 2015, foi realizado neste ano por meio do Prêmio Aniceto Matti. O trabalho foi feito por uma equipe de maringaenses e tem sido exibido ao longo deste mês de forma gratuita.
O longa faz um recorte de 1949 a 1979, anos em que o município de fato foi cidade canção. Havia música cabocla, sertanejo, bandas de jovem guarda, em que Rebite, sapateiro até hoje na cidade, e Maria Madalena Alves, que é de certa forma a cantora oficial da cidade, já se apresentava. Há depoimento de aristas do passado. Ao todo, 17 pessoas relatam suas histórias para o filme.
O diretor da obra é Lincoln Copceski. Ele disse que a ideia de produzir o filme surgiu a partir do livro “A história da Música em Maringá”, que tem o mesmo recorte temporal. Só que, diferentemente do material escrito, o foco do documentário é na música popular, explicou Copceski. A produção mostrou a ele que havia muito trabalho para inserir Maringá na cena nacional da música.
A última exibição do “Cidade Canção: os primeiros anos da música maringaense” ocorre nesse sábado (15), às 20h, na Casa de Cultura Alcídes Regini, que fica no Jardim Alvorada. A entrada é gratuita.
No ano que vem, o documento será apresentado em outros locais públicos em Maringá. A produção do filme pretende inscrevê-lo em festivais. Somente depois disso é que o filme ficará disponível em plataformas.