A família de um bebê do sexo masculino, diagnosticado com morte encefálica na Santa Casa de Maringá, autorizou a doação dos órgãos. A morte encefálica foi confirmada no dia 8 de fevereiro. O bebê tinha 8 meses de vida.
O procedimento de captação foi realizado na própria Santa Casa, por equipes de Maringá, São Paulo e do Rio Grande do Sul.
De acordo com a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes da Santa Casa de Maringá (CIHDOTT), em 2020 foram registradas 22 captações de órgãos no Hospital: 10 fígados, 42 rins, 01 pâncreas e 18 globos oculares.
O Paraná é destaque na doação de órgãos. De janeiro a junho de 2020, o Paraná registrou 558 notificações de potenciais doadores e 252 doações efetivas, que corresponderam a 385 transplantes de órgãos. A coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR), Arlene Badoch, disse em entrevista à Agência Estadual de Notícias, quando os dados foram divulgados no ano passado, que o Paraná tem profissionais preparados para identificar e trabalhar o processo de doação de órgãos em mais de 70 hospitais. [ouça no áudio acima]
Além da liderança nacional em doações, o Paraná também lidera em transplantes renais e em segundo lugar em transplantes de fígado, com uma média de 45,7 e 19,2 doações efetivas por milhão de população (pmp), respectivamente.
No Brasil, a doação de órgãos só ocorre após o diagnóstico da morte encefálica e precisam ser autorizadas pela família do doador, mesmo que o paciente tenha registrado em vida o desejo de doar.
Doadores que estejam até 200 quilômetros de distância do receptor, o SET/PR faz o transporte dos órgãos e/ou tecidos por via terrestre. Além desta distância, é solicitado apoio aéreo para agilizar o procedimento.