Na pandemia, os profissionais da área da saúde não enfrentaram apenas um vírus.
Eles enfrentaram também a falta de informação sobre o ritmo do contágio e sobre os próprios pacientes.
Imagine um paciente que foi atendido numa unidade de saúde, depois viajou para outra cidade e lá foi atendido em outra unidade enquanto seu estado de saúde evoluia rapidamente.
Ter num único clique todos os dados do paciente ou uma estatística sobre o número de casos, faz toda a diferença.
O Hospital Universitário de Maringá, por exemplo, contratou na pandemia especialistas em TI que computavam estatísticas para prever as ondas de contágio. Com duas semanas de antecedência o HUM se preparava para uma nova onda de casos, diz a médica Elisabete Kobayashi, na época superintendente do hospital. [ouça o áudio]
Profissionais que estavam na linha de frente do combate à pandemia em Maringá identificaram esta falta integração entre dados da saúde e com o apoio da Câmara Técnica de Saúde do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem) criaram um Napi, que é um Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação.
O Napi que eles criaram tem como foco pesquisa em saúde e recebeu o nome de “A serviço da Interoperabilidade” porque o objetivo é desenvolver pesquisas para integrar dados e personalizar o atendimento ao cidadão.
E como outros Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação, o Napi da Interoperabilidade recebe recursos da Fundação Araucária.
Nesta sexta-feira (18), foi lançado um edital no valor de R$ 2,7 milhões para bolsas de pesquisas voltadas ao Napi da Interoperabilidade. [ouça o áudio]
A coordenadora do Napi da Interoperabilidade, Márcia Samedi, explica quais os objetivos das pesquisas que serão desenvolvidas. [ouça o áudio]
O projeto tem parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL). A ideia é criar um polo de inovação na área da saúde, transformando a região em uma referência em ‘Saúde 5.0’, impactando dois milhões de habitantes.