Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (19) a 2ª fase da Operação Cold Meal, que investiga fraudes em licitações públicas durante a pandemia de Covid-19.

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Maringá.

Entre os alvos estão dois servidores municipais de carreira.

As investigações apontam um conluio entre empresários para direcionar vencedores em licitações.

Há indícios de envolvimento dos servidores com os empresários investigados.

As licitações com suspeita de fraude somam R$ 1,7 milhão.

A investigação começou a partir de uma denúncia anônima.

Durante a 1ª fase da operação, os policiais encontraram elementos de fraudes em licitações em Maringá e região e não apenas em concorrências públicas relacionadas à Covid-19.

Segundo a polícia, o esquema funcionava da seguinte forma: os empresários se uniam, simulavam concorrência, combinavam preços e lotes e participavam de diversas licitações já com os vencedores escolhidos e o aumento do preço dos produtos.

Em alguns casos, o grupo investigado também utilizava notas fiscais fraudadas para induzir o reequilíbrio de preços do contrato, aumentando os valores obtidos.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de frustração do caráter competitivo de licitação, constituição de organização criminosa, lavagem de dinheiro, além de outros crimes correlatos.

A CBN está tentando contato da Prefeitura de Maringá para comentar o assunto.

(Atualizado às 9h17):  Em nota, a Prefeitura de Maringá informou que:

"O caso será investigado pela polícia e o município vai abrir uma sindicância para apuração dos fatos e aplicação das sanções previstas aos servidores envolvidos na investigação. A Prefeitura de Maringá reafirma o compromisso com a lisura e transparência de todos os atos e colabora com as investigações."

(Atualizado às 10h30): O delegado de Polícia Federal,  Vinicius Mitsuhasi, responsável pela operação Cold Meal, falou sobre o assunto:

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