O juízo da 1ª Vara Criminal de Maringá proferiu nesta semana a sentença de Edinaldo Ferreira da Silva, homem acusado de um matar cliente e ferir outros dois em açougue da cidade. O caso ocorreu em agosto de 2017 e o réu está detido desde o dia do crime. Pela sentença, o juízo considerou que não houve dolo eventual e sim erro de execução, porque Edinaldo tentou acertar os donos do açougue após discussão, mas errou o alvo e acertou clientes. Ele foi denunciado por homicídio e duas tentativas de homicídio e vai a júri popular em data ainda não definida. O advogado de defesa Israel Batista De Moura entende que o réu poderia ter sido acusado de menos crimes, já que tem problemas psicológicos. Segundo ele, o juízo não considerou também que a reação de Edinaldo resultou da ‘provocação” dos donos do açougue, ocorrida dias antes do crime. Moura vai recorrer da decisão no Tribunal de Justiça do Paraná.
A 23ª Promotoria de Justiça de Maringá também discordou da sentença proferida pela 1ª Vara Criminal. É que o Ministério Público do Paraná havia feito mais acusações contra o réu, porque no dia ele fez seis disparos de arma de fogo e teria, segundo o promotor Júlio César da Silva, assumido o risco de matar, o que não foi considerada na decisão. O promotor informou em coletiva de imprensa nesta semana que vai recorrer da decisão. O cliente que morreu no açougue de forma gratuita foi Adelso Ferraz, de 41 anos.