O inquérito policial sobre a morte da jovem de Marialva, Emili da Silva Martins, de 18 anos, foi concluído nesta semana pela Polícia Civil e encaminhado ao Ministério Público. A grávida de quatro meses morreu no último dia 4 após ter sido esfaqueada pelo ex-marido, Davi Henrique Caldeira Brandt. O casal estava separado há um mês. No inquérito, Brandt foi indiciado pelos crimes de feminicídio e tentativa de estupro. Para polícia, um vídeo gravado por um policial quatro horas antes da morte da vítima foi fundamental para conclusão da investigação. No entanto, a defesa entende que as imagens favorecem o acusado.
O advogado criminalista Allan Reis explica que a vítima deixou claro no vídeo que não foi agredida, diferente da informação que consta no inquérito. A causa morte de Emili também é questionada por Reis, que deve pedir depoimentos de médicos que atenderam a paciente.
Davi Henrique Caldeira Brandt está preso desde o dia do crime, após ter se apresentado na delegacia dizendo que estava arrependido. Ele não tem antecedentes criminais e segundo a defesa, teria agido num momento de ‘loucura’. Por enquanto, Reis não deve pedir que o réu aguarde o julgamento em liberdade por temer a integridade física dele.
Pelo inquérito policial, o réu deve ir à júri popular e pode ser condenado a mais de 30 anos de prisão. O casal têm uma filha de três anos, que está sob a custódia da família.
No vídeo a vítima relatou que aceitou sair com o ex-marido porque achou que a conversa seria relacionada a criança.