Confraternização familiar para driblar os efeitos do isolamento
Luciana Peña/CBN Maringá

Maringá

Confraternização familiar para driblar os efeitos do isolamento

Cidade por Luciana Peña em 05/04/2020 - 17:45

O perigo é que a população esteja furando o bloqueio sanitário. A retomada da rotina precisa ser planejada e organizada. Há muitos relatos de festas em chácaras durante as noites e madrugadas.

A reportagem da CBN percorreu neste domingo (5) vários bairros da região do Jardim Alvorada, da Vila Morangueira, da Vila Operária e da Tuiuti. 

O objetivo foi conferir como os moradores de bairros mais distantes do centro da cidade estão cumprimento o isolamento social.

Há muitos relatos de festas em chácaras, churrascos com aglomeração e bares abertos. 

No caminho, ainda no centro da cidade, encontramos uma equipe da fiscalização da prefeitura, seguida por uma viatura da Guarda Municipal.

Nos bairros não encontramos ninguém da fiscalização.

Aparentemente nessa tarde de domingo, não havia irregularidade flagrante.

Mas a reportagem  encontrou muitas famílias “confraternizando” em calçadas, na porta das casas. 

É uma forma de driblar os efeitos do isolamento que deixa todo mundo estressado, diz Osvaldo Pereira que estava jogando cartas com os filhos na calçada de casa.(ouça o áudio acima) 

 A Alvecina Ribeiro estava tomando cerveja e batendo papo com familiares e amigos, também na porta de casa. Um grupo de quase dez pessoas entre adultos e crianças.

Ela acha que a população está cansada do isolamento. (ouça o áudio acima) 

João Pedro Caparroz diz que no bairro onde ele mora, na Zona 7, o isolamento está sendo cumprido à risca. Ele estava na casa da Alvecina, na zona norte da cidade.(ouça o áudio acima)

Um infectologista ouvido pela CBN dois dias antes do isolamento alertou para o risco do bloqueio ter começado cedo demais e da população, cansada,  desrespeitar as regras.

Em muitas cidades do Paraná, o comércio está reabrindo de forma controlada. Aqui em Maringá, a Justiça já mandou abrir panificadoras e lojas de conveniência de postos de combustíveis. 

A retomada precisa ser organizada para não transmitir uma mensagem equivocada às pessoas, de que não há perigo.

Esta tarde, ao pedir cerveja para a confraternização familiar, Mariana Caparroz ouviu do fornecedor que o estoque estava quase no fim.

Motivo: durante a madrugada ele entregou cerveja para quatro festas em chácaras. (ouça o áudio acima) 

Denúncias como esta devem ser feitas à Ouvidoria Municipal. O telefone é o 156.

 

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