Maringá foi à quarta cidade do Paraná a implantar o projeto Audiência de Custódia do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que garante a apresentação do preso a um Juiz em até 24 horas em casos de flagrante. A implantação ocorreu em 17 de novembro de 2015. As audiências ocorrem três vezes por semana, nas segundas, quartas e sextas-feiras. A Polícia Civil faz a escolta do preso até o Fórum, e o acompanhamento e retorno do preso à 9ª SDP, são feitos pela Polícia Militar. Outra atuação da PM é nas prisões em flagrante. Neste ano foram 731, porém, apenas 422 suspeitos ficaram detidos. Ou seja, 43% dos presos foram soltos nas audiências de custódia. O tenente João Marcos Dutra reforça o trabalho realizado pelos PMs.
Para o presidente do Conseg (Conselho de Segurança de Maringá), Antônio Tadeu Rodrigues, o número de presos em flagrante soltos aumenta a criminalidade na cidade, além de provocar a sensação de impunidade entre os envolvidos no processo, como policiais e vítimas. Ele defende que vítimas de crimes também sejam ouvidas nas audiências, assim como ocorre com os detentos.
A CBN solicitou dados ao Departamento Penitenciário do Paraná sobre o sistema prisional maringaense nessa quinta-feira (4), mas não obteve resposta até a tarde desta sexta-feira (5). O objetivo era saber a lotação das três unidades penais: Penitenciária Estadual, Casa de Custódia e Colônia Penal Industrial. Também não recebemos relatório da quantidade atual de presos na cela provisória da 9º SDP.