A revolução industrial permitiu a produção em série de mercadorias.
Mas não acabou com o trabalho artesanal, personalizado, customizado.
Um mercado que ganhou o nome de economia criativa e que segundo o Ministério da Cultura responde por 3,11% do PIB brasileiro gerando renda para mais de sete milhões e meio de pessoas.
E depois da pandemia, a busca por produtos feitos à mão, com capricho, com afeto, por que não; disparou.
A empreendedora Maria do Carmo Campos Estevam trabalha com costura criativa desde bem antes da pandemia.
O início foi há mais de 20 anos quando ela decidiu largar o emprego com carteira assinada para trabalhar em casa e acompanhar em tempo integral o crescimento dos filhos.
Maria do Carmo produz peças de enxoval. Peças feitas sob encomenda, personalizadas de acordo com o gosto do cliente e com qualidade, porque duram vários anos. [ouça o áudio]
Agora, com os filhos crescidos, Maria do Carmo entra numa nova etapa: a profissionalização da atividade de costura criativa.
O primeiro passo foi buscar informação em palestras e cursos.
E um dos novos aprendizados foi a divulgação do trabalho nas redes sociais. [ouça o áudio]
A economista Bruna de Oliveira Ricardo, especialista em políticas públicas e desenvolvimento social, explica que a economia criativa pode surgir em vários setores.
A característica é o trabalho manual, artístico, personalizado, com recursos naturais, inovador também.
Um exemplo está na moda. [ouça o áudio]
E a economia criativa atrai investimentos e atenção do Poder Público por causa da capacidade de gerar emprego e renda. [ouça o áudio]
Mas os desafios são grandes. Os maiores obstáculos para os empreendedores são a formalização do negócio e a precificação dos produtos. [ouça o áudio]
E a Universidade Estadual de Maringá (UEM) desenvolve um projeto para estimular o empreendedorismo feminino: o Impacto Ela UEM.