Criado em 2008 pelo Governo Federal, o Nasf, Núcleo de Apoio à Saúde da Família, passou por uma mudança. Em 2019, por decisão do Ministério da Saúde, o programa foi ajustado e houve alteração na forma de repasses. Com a medida, o Governo deixou de encaminhar boa parte dos recursos que mandava aos municípios para a execução dos Nasf. Maringá recebia R$ 120 mil, mensalmente. Agora, não mais.
O Nasf era formado por diversos profissionais, como médicos, assistentes sociais e psicólogos. Maringá contava com seis equipes. Esses grupos desenvolviam atividades voltadas à prevenção em bairros específicos da cidade. Embora o Ministério da Saúde não tenha acabado com o programa, na prática a iniciativa deixou de existir ao menos em Maringá desde o começo do ano.
Os 54 trabalhadores vinculados ao Nasf são celetistas - ou seja, poderiam ser desligados da Prefeitura. Apesar disso, o município decidiu manter os servidores. Agora, eles estão sendo remanejados, diz o secretário de Saúde, Jair Biatto. Segundo o secretário, apesar dos repasses que o Governo Federal fazia, o valor recebido não era suficiente.
Críticos à decisão do Ministério da Saúde dizem que impedir o funcionamento do Nasf é ruim porque prejudica a prevenção de doenças. Os núcleos serviam para estimular a saúde, não não remediá-la.
O Governo, por sua vez, nega que tenha acabado com o programa. E diz que o orçamento foi realocado porque estudos foram feitos para melhor executar ações para a Saúde. No caso do Nasf, o financiamento se dá por uma nova forma, utilizando indicadores.