CULTURA E SAÚDE
Um ouvinte mandou mensagem ontem, quando falei do Grande Hotel. Questionou gastos no prédio e perguntou se não seria o caso de ampliar o Hospital Universitário.
Com certeza os investimentos em saúde são prioritários e importantes. Aliás, o Hospital Universitário foi ampliado, recentemente. A maior dificuldade, no momento, é a contratação de pessoal e isto não poderá ser feito, por enquanto, por restrições ao aumento das despesas primárias, ou seja, despesas com pessoal. O acordo com o governo federal, para o ajuste fiscal do Paraná, feito a partir de 2016, tem reflexos no que é possível ou não para o estado.
Ocorre que o setor público precisa ter orçamento para todas as áreas. Saúde, Educação, Segurança, Serviços Públicos e, também, Cultura. Ou seja, não só o caso de recursos, é um desafio de gestão. Cada vez mais, no Brasil, será preciso fazer mais, com menos. Será necessário gerir, encontrar equilíbrio entre as áreas para suprir as diversas necessidades e construir cidades melhores, com equilíbrio na ação entre as diversas áreas.
No caso do Grande Hotel, como dissemos ontem, é um dos poucos prédios históricos existentes em Maringá. Tombado e abandonado, pode ser engolido pelo descaso e a incompetência.
Se não houver um movimento em defesa do Grande Hotel, um movimento forte, o futuro daquele prédio será ir caindo aos poucos.
A situação me remete a Arnaldo Antunes e a sua composição “Comida”:
“A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte”.
Uma coisa eu concordo com o nosso ouvinte: está difícil querer além de comida, além de saúde e segurança. Ou seja, estão sobrando problemas, está faltando o que? Gestão.
ESPERA POR PROCEDIMENTOS
Tem sido grande a reclamação por espera de consultas, exames e cirurgias, no sistema público de Maringá. Bem acima do normal.
Falamos sobre isto recentemente no ‘O Assunto é Política’, mas a reclamações tem aumentado bastante.
O vereador William Gentil tem um perfil aberto, no Facebook. As pessoas postam na sua linha do tempo. Impressionante a quantidade de reclamações, inclusive depoimentos gravados em vídeo.
O vereador se manifesta e diz que os pedidos feitos não são atendidos. Ele escreveu, esta semana: “Na Câmara Municipal, tenho cobrado as prioridades para nossa população... Porém não sei o que está acontecendo... O prefeito tem que ficar atento pois estão querendo levar no buraco a administração dele”.
CÂMARA CERCADA
A Câmara licitou, ano passado, grades e portões. Informamos aqui na CBN e acompanhamos.
Me manifestei aqui, com grande tristeza, na segunda-feira. Acho lamentável o cercamento da Câmara. Como achei um absurdo a retirada das palmeiras de frente ao prédio, ação feita sem qualquer debate, de uma hora para a outra, mudando completamente o paisagismo do local, uma área nobre da cidade, em frente à Catedral.
Não vi manifestações dos vereadores sobre a cerca. Nem antes, nem agora que está sendo instalada. A exceção ficou com o vereador eleito deputado estadual, Homero Marchese.
Ele fez a seguinte postagem, nas redes sociais:
“A instalação de grades ao redor da Câmara de Maringá é um ato altamente simbólico que apequena a instituição, designando medo e falta de transparência. Incapaz de proteger a população, a instituição resolveu proteger a si mesma. O ato, além disso, passa a mensagem errada ao povo, como se refutasse sua presença. Em 2017, outra medida nesse sentido foi a alteração dos horários das sessões, da noite para a manhã.
A medida também não se justifica do ponto de vista econômico. Alega-se que vândalos quebraram vidros do prédio no ano passado, mas a instalação das grades custou ao Poder Público R$ 50 mil (o valor inclui as grades laterais e dois novos portões). Lembrando que a Câmara conta com vigilantes concursados, 24h por dia, além de seguranças armados contratados para o período diurno.
Que as grades caiam em dois anos.”
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO
Luciano Pereira, de 42 anos, nascido em Marialva, ganhou vários prêmios em Gestão Escolar atuando como Diretor do Colégio Estadual Helena Kolody, em Sarandi.
Ele assumiu a Chefia do Núcleo Regional de Maringá.
As suas prioridades são promover, juntamente com o Governo do Estado, Secretaria de Educação e Fundepar, a retomada do foco pedagógico em nossos ambientes escolares. E contribuir para retomada do diálogo, respeito instrumentalização e valorização do Profissional da Educação.
Para Luciano, estes serão passos para a conquista de patamares mais altos de aprendizagem para os alunos de nossa região, contribuindo para a elevação do reconhecimento da Educação do nosso Estado.
Ele divulgou ontem uma nota em que fala do dia 14 como volta às aulas. O núcleo atende a 94 escolas, em 25 municípios da região. Ao todo, são previstos 51.367 alunos. Em Maringá serão 23.200 alunos e na região 28.167 alunos.
SEM AVIÃO
O governador Carlos Massa Ratinho Junior formalizou nesta quinta-feira (17) a devolução do jato que ficava à disposição do Governo do Estado.
O jato ficava em hangar no Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba. Era alugado à empresa Helisul. Segundo o governador, a economia será de R$ 4,5 milhões por ano, recursos que serão repassados à saúde. O governador também revogou o pregão 1643, de 2017, que permitiria uma nova contratação de jato.
SEM MORDOMIAS
A entrega da aeronave foi feita no hangar, no aeroporto do Bacacheri. Foi formal e teve as presenças do governador e do chefe da Casa Civil, Guto Silva, do secretário da Comunicação e Cultura, Hudson José, e o secretário do Desenvolvimento Ambiental e Turismo, Marcio Nunes.
De acordo com o governador, a entrega da aeronave atende a política de austeridade do Governo do Estado o e compromisso com a redução de despesas e fim das mordomias.
“É um compromisso com os paranaenses, que faz parte de um pacote de medidas de redução de custos e despesas que não são essenciais para o atendimento da população”, disse Ratinho Junior. “Estamos devolvendo a aeronave para acabar com as mordomias que vem ao longo de décadas. A população não admite mais isso.”
Ele mencionou algumas das medidas já adotadas, como a diminuição no número de secretarias e autarquias estaduais, congelamento do salário do primeiro escalão e a revisão de contratos. “Essas medidas dependem de um planejamento e muitas delas já estão sendo efetivadas. Temos um pacote para os primeiros 100 dias de governo para ajustar a máquina pública, priorizando aquilo que é essencial para prestar um bom serviço à população”.
PARA A SAÚDE – O dinheiro economizado será repassado ao atendimento emergencial em saúde. Nos próximos meses, a Secretaria de Saúde vai ganhar um helicóptero para transporte de urgência, que poderá operar de dia ou de noite. Além disso, outro helicóptero, que também era de uso exclusivo do governador, já está sendo utilizado para operações de resgate e ações da Defesa Civil.
ENERGIA ELÉTRICA
Contas de luz. A chegada delas, nos últimos meses tem sido motivo de preocupação.
40% pelo menos do que pagamos é custo com impostos.
Muitos consumidores têm usado o ar condicionado. Nestes casos a conta tem subido muito.
Muito mesmo. Há muitas reclamações com relação aos valores muito elevados de contas que tem chegado aos consumidores.
A conta de luz vem ficando cada vez maior e pesa, pesa muito no orçamento dos contribuintes.
ENERGIA FOTOVOLTAICA
O uso de energia fotovoltaica, no Brasil, apesar de todo o potencial, ainda representa apenas 1% do total utilizado no Brasil.
Paulo Azevedo gravou um vídeo ontem, onde fala do crescimento da instalação das placas e dos sistemas de captação da energia solar. Segundo estimativas, deve crescer 50% este ano no Brasil e continuar crescendo nos próximos anos.
A viabilidade de instalação das placas tem aumentado muito. Antes, na prática, o custo era muito elevado e o tempo para retorno do investimento era muito grande. Mas isso, felizmente, está mudando.