A eleição de 1956 para a Câmara Municipal

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A eleição de 1956 para a Câmara Municipal

Podcast por Reginaldo Dias em 30/09/2020 - 09:26

O História das Eleições é apresentado pelo professor e historiador Reginaldo Dias.

Ouça o oitavo episódio:

 

Olá, pessoal, vamos falar hoje da eleição de 1956 para a Câmara Municipal de Maringá.


Em 1956, traduzindo o crescimento do número de habitantes e de eleitores, a Câmara Municipal teve sua composição elevada de 9 para 15 vereadores.


Mesmo assim, não houve nenhum vereador da primeira legislatura reeleito em 1956. Em outras palavras, houve renovação de 100% da composição da Câmara. Esse é um caso único da história do legislativo municipal.


No cruzamento com a eleição ao cargo de prefeito, percebe-se a seguinte distribuição de cadeiras da Câmara de Vereadores: 4 vereadores vieram da campanha do prefeito Américo Dias Ferraz, 5 da campanha de Gerardo Braga, 4 da campanha de Leon Perez e 2 da campanha de Ângelo Planas.


O campeão de votos foi o vereador Salvador Lopes Gomes, com 502 votos (4,37%). Ele integrava a chapa de vereadores da campanha de Américo Dias Ferraz.
Na época, o mandato de presidente da casa era de apenas um ano. Com isso, houve alternância e presidiram o legislativo os seguintes vereadores: Ulisses Bruder, Heitor Dutra, Alceu Hauare e Luiz Moreira de Carvalho.


Em uma época em que todos eram migrantes ou imigrantes, constata-se que 7 vereadores eram oriundos de São Paulo, e os demais vinham de Minas Gerais, de Santa Catarina e Pernambuco. Havia um imigrante na segunda legislatura, o vereador Torao Taguchi, nascido no Japão. Dessa legislatura em diante, seria frequente a presença de japoneses ou de descendentes de japoneses na Câmara, em razão da importância econômica, social e cultural dessa comunidade em nosso município.


Quanto à área de atuação, havia dois médicos, um advogado, um engenheiro, um contador, um pastor, empresários e agricultores.


Tratava-se, confirmando um padrão da época, de uma bancada exclusivamente masculina. As mulheres ainda não disputavam cargos eletivos, uma tendência que começaria a ser modificada na eleição seguinte.


Na preparação para novos voos políticos, constata-se que um vereador daquela legislatura viria a ser eleito deputado estadual em futuro próximo, o médico Jorge Sato. O exercício da vereança também foi o início da trajetória que levou o médico Luiz Moreira de Carvalho a ser prefeito poucos anos depois.

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