Ouça "A Semana na História" toda segunda-feira, com o professor e historiador Reginaldo Dias, às 11h50, com reprises às 14h50
A semana na História
Podemos dividir, esquematicamente, o início da história de Maringá em quatro fases.
A primeira fase da ocupação do território do que viria a ser o município de Maringá ocorreu no final da década de 1930, quando começaram a ser vendidos, pela empresa colonizadora, os lotes rurais. Datada de 1942, a segunda fase é o início da ocupação da área urbana pioneira, conhecida como ‘Maringá Velho’, que era considerada provisória. A terceira fase inicia-se em 10 de maio de 1947, quando, definida a posição da linha férrea e consolidado o planejamento da área definitiva da cidade, foi organizada a cerimônia de fundação. A criação e a implantação do município são as balizas de abertura da quarta fase.
Desde a época em que era uma ideia na prancheta da companhia colonizadora, Maringá foi planejada para ser polo regional e capital de uma vasta região. Olhando para trás, sabemos que Maringá cumpriu essa vocação plenamente e cresceu além das otimistas previsões iniciais.
Já naqueles primeiros anos, o rápido crescimento impressionava e justificava o desejo de promover a emancipação municipal de Maringá.
Vejamos o que a legislação previa para a formação dos novos municípios e comparemos com a realidade do distrito de Maringá:
Primeira exigência: população mínima de 5.000 habitantes. Realidade: de acordo com o censo de 1950, a população era de 38.588 habitantes, mais de 7.000 habitantes só na base urbana. A população do distrito era mais de duas vezes maior do que a da sede do município de Mandaguari, estimada em 16 mil habitantes. Segunda exigência: renda municipal anual calculada pela que até então pagavam os moradores da parte desmembrada nunca inferior a CR$ 100.000,00 (cem mil cruzeiros). Realidade: o pujante distrito ultrapassava, com folga, esse parâmetro. Terceira exigência: existência de área suficiente para logradouro comum dos munícipes. Realidade: Maringá nascia como cidade planejada, com áreas previamente destinadas à instalação de logradouros públicos.
Quarta exigência: existência, pelo menos, de 100 (cem) moradias no local destinado à sede. Realidade: entre comerciais e residenciais, havia, em 1950, 1.200 construções; no ano seguinte, seriam cerca de duas mil edificações. Quinta exigência: número mínimo de 500 eleitores. Realidade: o distrito contava com 6.000 eleitores.
Diante de números tão eloquentes, a aspiração de se tornar sede municipal era um objetivo concreto para o povo de Maringá e para os seus líderes políticos.
Quando da votação da Lei 790/51, que desmembrou o distrito de Maringá do município de Mandaguari, o legislador exclamou, com toda a razão: “(...) Maringá é um autêntico milagre no cenário paranaense, fazendo jus aos fôros de Município, capaz de dirigir os seus próprios destinos em busca do seu grandioso porvir!”
Em 9 de novembro de 1952, o povo de Maringá compareceu às urnas para eleger o primeiro prefeito e os primeiros vereadores do novo município.
Em 2027, Maringá comemorará 80 anos de fundação. Seria justo que o poder público também incorpore, no calendário oficial, comemoração ao jubileu de 75 anos de implantação do município.
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