Uma piscina está sendo construída para 600 carpas
Luciana Peña/CBN Maringá

Parque do Japão

Uma piscina está sendo construída para 600 carpas

Meio Ambiente por Luciana Peña em 28/06/2019 - 13:44

É uma solução para evitar a morte de mais peixes. Pelo menos 500 morreram desde maio. E ainda é um mistério o que provocou a mortandade. Mas só morreram as carpas descendentes das matrizes que vieram do Japão.

O Parque do Japão continua lindo e recebendo visitantes de várias partes do país. Mas é triste ver o maior lago do parque vazio. Para os visitantes a movimentação de máquinas sobre o lago é só manutenção. Foi o que pensou o Rodrigo Martins, que veio com os filhos de Assis, em São Paulo. Pela primeira no Parque do Japão.

"Eu imagino que as máquinas estejam fazendo a limpeza do lago, a manutenção..." 

Mas quando a gente conta o que está acontecendo... A Bárbara Torezani, que veio de Vila Velha no Espírito Santo, lamentou. Ela ficou sabendo do parque num site especializado de turismo.

"É muito triste porque este lugar é lindo, bem no centro da cidade, um refúgio"

Desde o final de maio os administradores do parque perceberam que as carpas estão morrendo. 500 morreram desde então. Todas estavam no conjunto de lagos, que fica na parte mais baixa do parque. Estes lagos foram esvaziados e operários estão retirando com máquinas a camada de pedras do fundo do lago e que podem estar contaminadas. Ninguém sabe ainda o que aconteceu. Existe uma suspeita de contaminação por soda cáustica vinda de emissários. Na manhã desta sexta-feira havia uma carpa morta no lago superior, mas é uma das carpas transferidas, ou seja, a contaminação ocorreu no lago que agora está vazio. Sabe-se que carpas selvagens e outras espécies de peixes como tilápias, que estavam no lago, sobreviveram. São mais sensíveis à substância que provavelmente causou a contaminação as carpas descendentes das matrizes que vieram do Japão. Enquanto não se descobre o que está acontecendo, uma piscina está sendo construída nos fundos do parque para as carpas que sobreviveram. O diretor de serviços públicos da Prefeitura de Maringá, o engenheiro Sigmar Navachi, está coordenando o trabalho.

"Hoje eu termino a escavação da piscina. A água virá de um poço artesiano do parque"

Sigmar é um dos engenheiros que trabalharam na formação do parque. Quando fala das carpas, ele se emociona.

"Para nós é dolorido. Eu peguei essas carpas pequenas, para criar aqui"

Ainda existem 40 matrizes de carpas que vieram do Japão. Elas estão numa estação de pesquisas da UEM.

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