Sua carreira pode estar em risco: 92 milhões de empregos vão desaparecer até 2030
A automação e a inteligência artificial estão redesenhando o mercado de trabalho, eliminando funções tradicionais e exigindo novas habilidades técnicas. | Imagem: AdobeStock

Mercado de trabalho

Sua carreira pode estar em risco: 92 milhões de empregos vão desaparecer até 2030

Assessoria por Redação em 13/10/2025 - 08:00

Relatório do Fórum Econômico Mundial alerta para mudanças profundas no mercado e reforça a urgência da requalificação profissional.

O mercado de trabalho global está passando por uma reconfiguração sem precedentes. De acordo com o Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), 92 milhões de empregos devem desaparecer até 2030, enquanto 170 milhões de novas funções serão criadas. O saldo líquido é positivo, 78 milhões de vagas, mas a distribuição dessas oportunidades dependerá diretamente da capacidade de adaptação dos trabalhadores.

A velocidade dessa mudança é inédita. O estudo mostra que 40% das habilidades exigidas no trabalho mudarão até 2030 e que 63% dos empregadores já consideram a falta de competências técnicas o principal obstáculo ao crescimento de seus negócios.

Entre as funções mais vulneráveis estão atividades administrativas, operacionais e repetitivas, fortemente impactadas pela automação e pela inteligência artificial.

Transformação estrutural exige atualização contínua

O relatório destaca que a combinação entre avanço tecnológico, automação e uso intensivo de dados está redefinindo funções em praticamente todos os setores da economia. As profissões do futuro exigirão pensamento analítico, resolução de problemas complexos, criatividade e domínio digital.

O Fórum Econômico Mundial reforça que a requalificação contínua será o fator determinante da empregabilidade nos próximos anos. O aprendizado constante deixa de ser uma vantagem e passa a ser uma condição essencial de permanência no mercado.

O relatório destaca que o futuro do trabalho já começou e só haverá espaço para quem estiver preparado para aprender continuamente.

Ao mesmo tempo, novas oportunidades surgem em setores estratégicos como tecnologia da informação, energia renovável, saúde, educação e logística — áreas que devem concentrar a maior parte das vagas criadas até o fim da década. No entanto, essas funções demandam formação prática e domínio de ferramentas digitais, ampliando a distância entre quem se atualiza e quem fica para trás.

Profissões tradicionais perdem espaço

Enquanto funções operacionais e de rotina desaparecem, crescem as oportunidades em áreas ligadas à análise de dados, inteligência artificial, sustentabilidade e economia circular.

Segundo o WEF, ocupações baseadas em conhecimento técnico e capacidade de adaptação terão prioridade nas contratações, reforçando o valor da especialização.

Para os profissionais que não se atualizarem, o cenário é preocupante: a experiência isolada deixa de ser suficiente. A ausência de novas habilidades pode representar perda de espaço, salários menores e risco de desemprego estrutural.

Futuro do trabalho depende da requalificação

A principal mensagem do relatório é inequívoca: o futuro do trabalho será definido pela capacidade de aprender e se reinventar.

A requalificação, a formação prática e a atualização técnica deixaram de ser diferenciais e se tornaram requisitos mínimos para garantir empregabilidade em um mercado moldado pela inovação.

O documento conclui que a decisão é individual — acompanhar a transformação e se preparar para ela, ou assistir de fora à mudança que já está em curso.

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