Sete bairros têm alto índice de infestação para dengue em Maringá
Imagem Ilustrativa | Foto: Divulgação /Fiocruz

Lira

Sete bairros têm alto índice de infestação para dengue em Maringá

Saúde por Brenda Caramaschi em 02/05/2023 - 11:45

Resultado detalhado do último Levantamento Rápido de índices para Aedes Aegypti (Lira) mostra bairros da região norte com mais de 4% dos imóveis com focos de dengue, considerado alto risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS)

Como divulgado na última semana, o índice geral de infestação apontado no mais recente Lira caiu quase 40% em relação ao mesmo período do ano passado. Na média, Maringá tem focos do mosquito transmissor da dengue em 2.9% dos imóveis visitados pelos agentes de endemias, o que é considerado risco médio. No mesmo período, em 2022, eram 4,8%. No entanto, algumas regiões da cidade preocupam mais. É o caso de sete áreas de Maringá, todas na zona norte, onde os índices de infestação estão acima dos 4%, indicando alto risco de acordo com a OMS.

Na região da UBS Tuiuti, o índice está em 4,19% e 34 casos da doença foram confirmados; no Jardim Alvorada I são 27 casos e um índice de 4,2% de infestação; no Alvorada III, 32 casos confirmados e 4,37% de infestação; no Piatã, 4,56% de casas têm focos do mosquito e 36 casos de dengue foram confirmados na região da UBS Requião-Guaiapó são 42 casos de dengue e 4,6% de infestação; na região do Jardim Pinheiros, 52 casos e índice de 4,62% e na região da UBS Morangueira, o índice de infestação chega a 6,8%, com 22 casos confirmados. O gerente de Zoonoses da Secretaria de Saúde, Eduardo Alcântara, enumera alguns dos motivos para esses bairros terem um índice de infestação tão mais alto do que o restante da cidade.

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Mas a preocupação não está só na região norte. Em alguns bairros onde têm sido encontrados muito menos focos de dengue, o número de casos da doença é alto. É o caso do Jardim Quebec, que tem 53 casos confirmados de pessoas com dengue, mas os focos foram encontrados em apenas 1,2% dos imóveis, o que é bem próximo do que a Organização Mundial da Saúde entende como baixo risco, abaixo de 1%.

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O Levantamento foi feito entre os dias 10 e 14 de abril e o detalhamento foi apresentado na manhã desta terça-feira,2. Pequenos depósitos móveis, como vasos de plantas, recipientes de degelo nas geladeiras, bebedouros e materiais de construção representam 44,67% dos locais onde as larvas do mosquito transmissor da dengue foram encontradas. Lixo doméstico, como recipientes plásticos, garrafas, latinhas e entulho, representam outros 35,25%.

Para tentar controlar a situação, a prefeitura tem feito mutirões aos sábados, já que durante as visitas semanais metade dos imóveis visitados estão fechados. As ações são feitas em parceria com as secretarias de Fiscalização (que aciona os donos de terrenos com mato alto e imóveis abandonados) e de Limpeza Urbana (que faz o recolhimento de lixo jogado em fundos de vale e nas casas de acumuladores), mas o secretário de saúde, Clóvis Melo, diz que sem a mudança de hábitos da população, dificilmente o problema será resolvido.


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Na cidade, um caso de morte por dengue está sendo investigado e um caso de chikungunya, doença que é transmitida pelo mesmo mosquito, também está em investigação, mas por enquanto, nenhum dos dois foi confirmado pela epidemiologia.

 

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