Foto: Divulgação/Câmera de Maringá

À exceção de uma vereadora, dos 17 vereadores que votaram a favor da criação de mais um cargo nos gabinetes parlamentares da Câmara de Maringá, 16 deles já contrataram o quinto assessor. O salário mensal é de R$ 9.748,85, mais um vale-alimentação de R$ 634,42 por 30 horas de trabalho semanais. Com os descontos na fonte (R$ 2.462,13), os vencimentos líquidos são de R$ 7.921,14.

Dos que aprovaram o projeto, apenas Akemi Nishinori (PSD) não aumentou o número de assessores, de quatro para cinco, conforme levantamento no Portal da Transparência da Câmara Municipal. “Foi uma decisão pessoal da vereadora. Ela entendeu que quatro assessores são suficientes para dar um bom atendimento à população”, afirmou nesta quinta-feira, 13, o chefe de Gabinete da parlamentar, Durvalino Lopes de Macedo.

No levantamento feito no Portal da Transparência da Câmara foram verificadas todas as contratações realizadas a partir do dia 8 de julho de 2025, data da aprovação do projeto de lei apelidado nos bastidores da Casa de “Quinto Elemento”. Nenhum dos seis vereadores que foram contrários ao projeto de lei proposto pela Mesa Diretora do Legislativo aumentou o número de assessores em seus Gabinetes, seguindo o que prometeram à época dos debates sobre o projeto de lei.

No Portal da Transparência constam duas nomeações realizadas pela vereadora Professora Ana Lúcia (PDT), uma no dia 6 de agosto, com a nomeação de Anderson Ridheo Myahara, e outra no dia 1 de outubro, com a nomeação de Vinicius Emanuel de Oliveira Franca. Questionada, antes do início da sessão desta quinta-feira, ela explicou que as nomeações foram por substituições.

“Saíram do meu Gabinete as assessoras Lilian Chirnali e Eloá Marcela. Meu Gabinete permanece com quatro assessores”, afirmou a Professora Ana Lúcia, informação que foi confirmada pela reportagem junto a assessores de outros vereadores, inclusive de adversários políticos da edil.

No Portal da Transparência também consta uma nomeação feita pelo vereador Professor Pacífico (Novo), realizada no dia 4 de setembro, quando foi nomeada a assessora parlamentar Jervane Vieira de Souza Rossi. Aqui cabe um parênteses: o Professor Pacífico ainda não era vereador quando o projeto de lei ‘Quinto Elemento’ foi votado. Ele assumiu a vaga deixada pela vereadora Cris Lauer (Novo), que foi contra o aumento de assessores.

Com a cassação, automaticamente todo o Gabinete da então vereadora foi desmontado. A reportagem apurou que os ex-assessores de Cris Lauer foram renomeados, exceto um, que também esteve envolvido no processo de cassação. A nomeação de Jervane Vieira de Souza Rossi foi a quarta feita pelo vereador Professor Pacífico. O Gabinete dele, portanto, mantém quatro assessores.

Quem foi contra e quem foi a favor

Votaram contra um quinto assessor nos Gabinetes dos Vereadores:

Daniel Malvezzi (Novo)
Cris Lauer (Novo),
Mário Hossokawa (PP)
Giselli Bianchini (PP)
Ângelo Salgueiro (Podemos)
Mário Verri (PT)
Professora Ana Lúcia (PDT)

Votaram a favor do quinto assessor nos Gabinete dos Vereadores:

Akemi Nishimori (PSD)
Bravin Júnior (PP)
Diogo Altamir da Lotérica (PSDB)
Flávio Mantovani (PSD)
Guilherme Machado (PL)
Italo Maroneze (PDT)
Jeremias (PL)
Lemuel do Salvando Vidas (PDT
Luiz Neto (AGIR)
Majô (PP)
Maninho (Republicanos)
Odair Fogueteiro (PP)
Pastor Sandro (União Brasil)
Sidnei Telles (Podemos)
Uillian da Farmácia (União Brasil)
Willian Gentil (PP)