“Quanto mais plural, melhor será o poder Judiciário”, diz juíza
Foto: Reprodução/jusbrasil.com.br

Feminismo Negro

“Quanto mais plural, melhor será o poder Judiciário”, diz juíza

Política por Victor Simião em 23/07/2019 - 18:41

A afirmação é da magistrada Karen Luise Pinheiro, da 1ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre. Mulher negra, ela é uma das palestres do Colóquio Feminismo Negro, realizado na UEM.

Há 20 anos como juíza de Direito no Rio Grande do Sul, Karen Luise Pinheiro faz parte de uma minoria no Poder Judiciário. De acordo com ela, dos 800 magistrados que o estado tem, 1% é negro. Além disso, ela é uma das cinco mulheres negras que atuam na Justiça naquele estado.

Dados do Conselho Nacional de Justiça indicam que dos 11 mil 348 juízes no país, apenas 18,1% são negros – sendo 16,5% pardos e 1,6% preto. A informação é de 2018.No Brasil, 54% da população são de negros.

Karen Luise Pinheiro é uma das participantes do sexto Colóquio Feminismo Negro, realizado na Universidade Estadual de Maringá. Atualmente, a juíza é a responsável pela 1ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre, que julga crimes dolosos e contra a vida. Na avaliação dela, quanto mais plural, melhor será o poder Judiciário.

No Brasil, existe o sistema de cotas no Poder Judiciário. 20% das vagas devem ser destinadas à população negra, desde 2015. A magistrada diz que é necessário ir além. Uma das medidas é melhorar a educação básica, para que haja igualdade na base.

O VI Colóquio Feminismo Negro é organizado pelo Neiab (Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-brasileiros), da Universidade Estadual de Maringá. O evento ocorre entre 23 e 25 de julho. Na programação estão palestras, debates e afins. A entrada é gratuita. Mais informações CLICANDO AQUI. 

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