A proposta é incluir a autocoleta do teste de Papilomavírus Humano (HPV) como método de rastreio para o câncer cervical em mulheres em situação de vulnerabilidade social de Maringá que não tenham feito o exame nos últimos quatro anos ou mais, como explica Márcia Consolaro, coordenadora do projeto e professora da Universidade Estadual de Maringá.[ouça o áudio acima]
Esse método ainda não é incorporado pelo Sistema Único de Saúde e será realizado de maneira experimental, mas não ficará restrito à cidade, sendo implantado em outros quatro municípios de diferentes regiões do País. O projeto desenvolvido em Maringá é uma continuidade de uma ação inicial de autocoleta realizada em 2016 na cidade, financiada pelo Ministério da Saúde em parceria com os Estados Unidos, com resultados tão positivos que levaram, agora, à expansão. [ouça o áudio acima]
Entre as ações do projeto de pesquisa está uma aproximação com agentes comunitárias de Saúde para irem às residências e abordarem as pacientes para participar do piloto. Elas darão a orientação para que as próprias pacientes façam a coleta do material que será enviado para a análise clínica.
Marcia Consolaro integra uma equipe organizada pelo Ministério da Saúde para o desenvolvimento de uma nova política nacional para a prevenção do câncer de colo de útero, que envolve a autocoleta no SUS. O estudo também prevê o levantamento de dados para fomentar a implementação da autocoleta/teste de HPV dentro do padrão de cuidados prestados pelas Unidades Básicas de Saúde de Maringá. [ouça o áudio acima]