Praça da Catedral de Maringá ganha banco vermelho gigante
Foto: Reprodução.

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Praça da Catedral de Maringá ganha banco vermelho gigante

Cidade por Walter Téle Menechino/GMC Online em 26/11/2025 - 17:13

Um cidadão de meia idade que transitava pela Praça da Catedral, sob um sol de rachar mamona no meio da manhã desta quarta-feira, 26, ficou curioso ao ver uma aglomeração de cerca de 40 pessoas no entorno de um grande pano preto cobrindo um objeto até então, para ele, não identificado. E quis saber do que se tratava.

“Vai ser inaugurado um banco vermelho, símbolo da campanha de combate ao feminicidio, e a cor representa o sangue de todas as vítimas”, explicou uma das mulheres presentes ao ato, que teve à frente a vice-prefeita de Maringá, Sandra Jacovos, a secretária municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Olga Agulhon, e a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Donária Rizzo.

O banco, de 2 metros de altura e 4m de comprimento, só foi descoberto depois dos discursos. E uma das frases expostas no local dizia: “O Banco Vermelho Gigante nos lembra de uma coisa maior ainda: a luta pelo Feminicidio Zero”. Pois o ZERO almejado pela campanha já é uma realidade em Maringá. O último feminicidio na cidade ocorreu em 2023. No ano passado e neste, não houve registro.

“Mas as tentativas de feminicidio continuam ocorrendo”, observou o major da PM Luiz Moreira, que está à frente da Rede de Proteção à Mulher de Maringá. “Este ano foram identificadas 12 tentativas, uma delas no sábado passado”, acrescentou. Já a secretária Olga Agulhon lembrou que o Brasil é o 5º país do mundo que mais mata mulheres, entre 196 nações e que a cada 6 horas uma mulher é vítima de feminicidio no país.

Maringá, segundo a secretária municipal, é o primeiro município do Paraná a aderir o projeto Banco Vermelho, que é amparado por lei federal, e o segundo entre os três Estados do Sul. Em Curitiba também há um Banco Vermelho, mas foi uma iniciativa da Justiça Federal do Paraná. O projeto Banco Vermelho, Feminicidio Zero nasceu na Itália, em 2016, e foi implantado no Brasil em 2023.

Duas mulheres baianas, Andrea Rodrigues e Paula Limongi, que tiveram amigas vítimas de feminicidio, fundaram o Instituto Banco Vermelho, que recentemente recebeu o título de utilidade pública, por lei federal. A expectativa das lideranças do movimento em Maringá acreditam que as pessoas ao passarem pela Praça da Catedral e se depararem com o banco vermelho tenham a mesma reação de curiosidade que o tal cidadão de meia idade. E vá um pouco adiante: “Sente e reflita. Levante e aja”.

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