Pais a favor da volta às aulas criam grupo para dialogar com prefeitura
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Educação

Pais a favor da volta às aulas criam grupo para dialogar com prefeitura

Educação por Luciana Peña em 03/10/2020 - 10:12

Eles pedem o retorno gradual das aulas presenciais. Dados estatísticos apontam que o retorno às aulas é seguro para crianças e adolescentes.

O retorno às aulas presenciais é um dilema. Há professores contra e a favor. Há pais com medo e há pais que, com medo ou não, querem o retorno.

O Paraná tem um protocolo de medidas sanitárias e ensino híbrido para o retorno das crianças e adolescentes às salas de aula.

No mais recente CBN Paraná o secretário de Saúde Beto Preto disse que este mês o governo fará uma experiência com o retorno em 50 escolas nas regionais de saúde com menor índice de casos.

Em Maringá, as escolas particulares estão prontas para o retorno e já se manifestaram em várias ocasiões.

Agora são os pais que estão se mobilizando. Uma comissão de pais foi criada para dialogar com a prefeitura. O grupo já pediu uma reunião com o prefeito e aguarda uma resposta.

A jornalista Vanessa Belei, mãe de Benjamim de 8 anos, e Jasmim de 5, faz parte desta comissão. [ouça no áudio acima]

O Brasil é um dos países do mundo que por mais tempo têm mantido as escolas fechadas. A Dinamarca fechou as escolas por apenas 30 dias. A Alemanha, por 68. É verdade que os países da Europa podem voltar atrás nestas decisões no caso de uma segunda onda de contaminação.

Mas olhando o números locais, o cenário é o seguinte: dos mais de 400 mil habitantes de Maringá, 18,7% têm entre 0 e 14 anos de idade. E esta faixa etária representa apenas 4,5 % de todos os infectados por coronavírus na cidade.

E até 14 anos não houve nenhum registro de óbito. 99% das mortes na cidade foram de pacientes com comorbidade.

92% dos óbitos estão acima de 30 anos.

Os dados são do professor de Estatística José Vicente. Ele acredita que é seguro o retorno às aulas. [ouça no áudio acima]

O Ministério Público acompanha esta questão e defende o critério rigoroso da avaliação sanitária pelas autoridades de Saúde.

Os mais afetados pelo fechamento das escolas são as famílias pobres que muitas vezes recorrem a soluções ilegais e perigosas. No fim de setembro uma creche clandestina foi fechada em Santa Isabel do Ivaí.

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