Um esquema que funcionou por pelo menos oito anos.
Em oito meses de investigação, a Divisão Estadual de Combate à Corrupção, da Polícia Civil do Paraná, descobriu seis empresas envolvidas nesse esquema milionário de sonegação de impostos estaduais. Cinco delas do setor de transporte e uma da construção civil.
Nesta terça-feira (11), os policiais cumpriram 46 mandados judiciais, oito deles de prisão e 18 de busca e apreensão, todos em Maringá.
Um dos mandados de prisão não foi cumprido porque o alvo estava viajando. Nas buscas, uma pessoa foi autuada em flagrante por porte ilegal de armas. Além de armas, foram apreendidos veículos de alto valor e dinheiro.
O esquema funcionava assim: a associação criminosa abria empresas em nome de laranjas e pagava parcelas irrisórias de impostos. O grosso era sonegado.
Quando a sonegação entrava no radar da Receita Estadual do Paraná, os empresários fechavam as firmas suspeitas e abriam outras com a mesma finalidade de burlar o fisco. Estima-se um prejuízo de R$ 12,5 mi em tributos.
O esquema funcionou por tanto tempo porque é de difícil apuração, explicou o delegado Gustavo Marques de Brito. [ouça o áudio acima]
Os suspeitos vão ser indiciados pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro e estelionato porque uma das empresas em nome de laranjas tomou empréstimos junto ao Banco do Brasil e não pagou. As empresas desenvolviam atividade econômica, mas algumas não tinham nem funcionários. Entre os presos também estão laranjas. A CBN não conseguiu contato com a defesa dos detidos na operação.
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