O que o maringaense pensa sobre a posse de arma de fogo?

Segundo recente pesquisa Datafolha, seis em cada 10 brasileiros são contra o posse de armas no Brasil. Não há uma pesquisa específica para saber o que o maringaense pensa sobre o assunto. A CBN foi as ruas ouvir a população. O auxiliar de cartório Guilherme Farias é favorável, mas disse que ele mesmo não teria arma.

A medida é positiva ou negativa? Há divergência entre especialistas  e também entre os maringaenses. O aposentado Luiz Carlos não tem opinião formada porque acha a questão complexa. Se por um lado significa defesa, por outro pode aumentar a violência urbana porque a pessoa com a arma pensa que pode tudo, ele disse.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, do PSL, publicou um decreto facilitando o porte de arma nesta terça-feira (15). A facilitação da posse é uma promessa de campanha de Bolsonaro.

No Brasil, a posse era regulamentada por uma lei federal de 2003, conhecida como o Estatuto do Desarmamento. De acordo com ela, são necessárias algumas condições para que um cidadão tenha uma arma em casa, como ser maior de 25 anos, ter ocupação lícita e residência certa. O estatuto também exigie que o interessado não tenha sido condenado ou responda a inquérito ou processo criminal, comprove a capacidade técnica e psicológica para o uso do equipamento e declare a efetiva necessidade da arma. A Polícia Federal vinha participando do processo.

Com o decreto, entre outras mudanças foi alterado o prazo do registro de armas de cinco para 10 anos. O requisito para apresentação a um delegado de Polícia Federal está incluso, antes era um teste considerado subjetivo pelos críticos. O texto prevê a compra de até quatro armas por pessoa, com exceção de quem comprovar necessidade de ter mais. Pessoas em região de risco e zona rural devem ser as mais beneficiadas.

Em Maringá há uma única loja que vende armas de fogo, como pistola, revólver e fuzil. A CBN entrou em contato por telefone com o estabelecimento. Uma atendente disse que não queria gravar entrevista porque ainda não saberia dizer como o decreto iria alterar a comercialização de armas. Ela também informou que, apesar de não ter aumento as vendas nos últimos dias, a procura por arma desde o fim do ano passado aumentou.

Há uma diferença entre posse e porte de arma de fogo. Em resumo, a posse significa ter uma arma em casa ou no local de trabalho. O porte permite o transporte do item.