Toda semana você ouve a imprensa narrar um acidente de trânsito em Maringá, e muitas vezes com morte. É tão comum que chega a parecer normal. A sensação de revolta e de dor é assimilada e logo estamos prontos para o próximo acidente. Mas não pode ser normal uma mãe ou um pai sair de casa para trabalhar e não voltar mais porque foi atropelado, sofreu um acidente dentro da cidade, onde a velocidade máxima, nas vias de maior movimento, não pode passar de 60km/hora. Foi o que aconteceu nesta madrugada com a enfermeira Pollyana Chimirri de 30 anos. Ela pilotava uma Biz pela Avenida Itororó quando foi fechada por um carro. Socorrida, morreu no hospital. Deixou uma filha de um ano. O motorista que fechou a motocicleta, tinha bebido e ainda fugiu do local. Está preso por omissão de socorro. O que você sente quando ouve uma notícia como esta? Foi o que perguntamos ao Cláudio Costa. Desesperança, diz ele.
É muita imprudência, e o carro é uma arma, diz Kelen Oliveira.
E o drama de quem fica? Só quem já viveu algo parecido sabe o que significa.
A Claudia Proença perdeu o marido num acidente e o filho dela tinha apenas um ano.
São as histórias por trás das estatísticas. E é sempre bom lembrar destes relatos quando se sai para o trânsito. A enfermeira que morreu no acidente destasexta-feira e deixou uma filha de um ano de idade era sobrinha da gerente da Agência do Trabalhador, Clarice Chimirri.