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A professora aposentada, mãe do casal de irmãos agredidos na saída de um colégio em Sarandi, na tarde dessa terça-feira (25), denunciou o caso à polícia, na manhã desta quarta-feira (26), com o registro de um boletim de ocorrência. Ela pede providência na apuração do caso e relata negligência do colégio onde os filhos estudam e falta de apoio do Conselho Tutelar da cidade.

“Eu falo como mãe revoltada com a situação. Você procura o colégio e eles tiram sarro da cara da gente”, reclamou a mulher ao relatar como teria sido tratada ao procurar a instituição. Ainda conforme a mãe, a filha já teria sido assediada e até ferida com uma tesoura no colégio.

Ela também acusa o conselho tutelar da cidade. “Você não tem noção o quanto ‘tá’ doendo. Você não sabe o que eu passei com meus filhos e saber que o município não dá suporte nenhum… Quando liguei no Conselho ela (conselheira) disse que não podia fazer nada, porque não compete ao Conselho Tutelar”, disse a mãe, chorando.

Os irmãos agredidos são alunos do Colégio Estadual Cívico Militar Vereador Luiz Zanchin, no Parque São Pedro, em Sarandi. Conforme os adolescentes, as agressões tiveram início dentro da instituição de ensino.

No boletim, o adolescente relatou que na saída da aula encontrou a irmã com uma marca no braço e saiu em defesa dela ao saber que tinha sido ocasionada por outro estudante. “Eu falei que se ele machucasse minha irmã mais uma vez eu ia chamar minha mãe para conversar com os pais dele e ele cuspiu no meu rosto”, relatou o adolescente.

O desentendido teria sido entre a menina de 13 anos e outro adolescente, também aluno do colégio. O garoto estaria convencido da interferência da vítima no namoro dele com outra estudante. Depois da confusão dentro da instituição, eles foram seguidos e atacados por outros 20 estudantes, aproximadamente. Os irmãos ainda tiveram os tênis furtados e a bolsa de um deles foi jogada em um bueiro.

A reportagem entrou em contato com o Conselho Tutelar de Sarandi, que não se pronunciou a respeito. O colégio emitiu um nota por meio da Secretaria Estadual de Educação onde diz: “O conflito aconteceu após o horário de aula, a cerca de 500 metros da escola. Por isso, a diretoria da instituição só foi comunicada sobre a ocorrência posteriormente. Hoje pela manhã, a escola entrou em contato com os pais dos alunos envolvidos, solicitando comparecimento em reunião”.

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