Festival faz sucesso com receitas das “batchans” e adaptações ao paladar
Foto: Brenda Caramaschi / CBN Maringá

Nipo-Brasileiro

Festival faz sucesso com receitas das “batchans” e adaptações ao paladar

Cidade por Brenda Caramaschi em 11/08/2023 - 12:25

Considerado o segundo maior evento de Maringá, o Festival Nipo-Brasileiro está no calendário oficial de eventos do Município e recebe anualmente cerca de 70 mil visitantes e a maioria aproveita a visita para provar pratos nipônicos que carregam temperos de família e alguns ingredientes que conquistaram os brasileiros.

O Festival Nipo-Brasileiro de Maringá é considerado um dos mais importantes do Paraná, que é o segundo Estado do País com maior número de descendentes, atrás somente do estado de São Paulo. A Cidade Canção tem uma das maiores comunidades japonesas no Brasil e é considerada uma das que mais preservam essa cultura no País. Já são 32 anos de festa e entre os mais de 1500 voluntários, alguns trabalham na organização desde a primeira edição, é o caso do Tajiro Okina Sekiyama, da igreja Seicho-No-Ie. Para atender os milhares de visitantes que vêm para o almoço e jantar, ele conta que o trabalho dos voluntários começa bem cedo. [ouça o áudio acima]

Apesar de muitos pratos estarem nos cardápios das cinco entidades presentes no pavilhão gastronômico do festival, cada uma tem um prato especial. Na Seicho-No-Ie, uma sobremesa faz muito sucesso: o tempurá de sorvete, que leva dias para ser preparado, como detalha Massako Massake, que coordena a cozinha da entidade. [ouça o áudio acima]

No Centro Cultural e Social São Francisco Xavier, o carro chefe é o peixe no molho apimentado, exclusividade no evento. Por dia, cerca de 100 filés de pescada são servidas com o molho especial, que a voluntária Helena Naomi ensina a fazer. [ouça o áudio acima]

No asilo Wadjunkai, há alguns pratos exclusivos no cardápio, como o Wajun Soba, que tem molho e textura diferentes do tradicional yakissoba, o Wajun Pastel, com recheio que inclui carne e legumes temperados com gengibre e outros segredinhos, que passam de geração em geração, como explica a voluntária Kayoko Ueta. [ouça o áudio acima]

O doce pode ser recheado com um tipo de creme de confeiteiro ou doce de feijão e desperta a memória afetiva de Kayoko. [ouça o áudio acima]

Na barraca com voluntários do templo budista Nishi Honganji, Reinaldo Arita também está presente desde a edição número 1 do festival e fala sobre como a festa ajuda ampliar o conhecimento sobre a culinária oriental. [ouça o áudio acima]

Alice Arita, que fez curso de culinária no Japão, fala sobre a principal diferença entre o preparo dos pratos na Terra do Sol Nascente e em solo brasileiro: a dosagem do sabor agridoce. [ouça o áudio acima]

Anfitriões da festa, os voluntários da Acema, a associação esportiva que concentra muito da tradição nipônica na cidade, ocupam uma área maior no pavilhão, com cada preparo totalmente setorizado. Na área da cozinha onde as estrelas são os peixes, a saída de salmão na chapa com molho teriyaki, temakis preparados na hora e barcas montadas com sushi e sashimi não pára um minuto. Atílio Hashimoto, que trabalha na festa há mais de 30 anos, viu as receitas mudarem ao longo do tempo. Se antes, a tradição ditava preparações mais simples, hoje os sabores incluem outros ingredientes, ele conta. [ouça o áudio acima]

Mas com tantos restaurantes japoneses espalhados por Maringá, será que o sabor do que é servido no festival é mesmo tão diferente? Para quem trabalha na festa, o segredo é um ingrediente insubstituível. [ouça o áudio acima]

O Festival Nipo-Brasileiro continua até domingo (13). Nesta sexta-feira (11), o funcionamento é das 19h às 23h. No sábado (12), é servido almoço e jantar e o evento se encerra no almoço de domingo (13), que vai até as 15 horas.

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